Arm pretende conquistar 50% do mercado de CPU para data centers em 2025
A Arm pretende aumentar sua participação no mercado global de CPUs para data centers, passando de 15% para 50% até o final de 2025. A afirmação veio de Mohamed Awad, vice-presidente sênior de infraestrutura da Arm, durante uma entrevista exclusiva à Reuters.
A empresa aposta principalmente em servidores de IA, como os sistemas GB200 e GB300 da NVIDIA, processadores personalizados de grandes provedores de nuvem e as soluções da Ampere Computing.
Hoje, a maioria dos data centers opera com AMD EPYC ou Intel Xeon, ambos baseados na arquitetura x86, devido à ampla disponibilidade de software compatível. No entanto, o cenário está mudando com programas de servidores sendo desenvolvidos primeiro para CPUs Arm e depois adaptados para x86.
A Google e a Microsoft já começaram a projetar processadores Arm para data centers, embora estejam atrás da Amazon, que já utiliza amplamente chips Arm. Além disso, em 2022, análises já antecipavam que sistemas ARM devem dominar 30% do mercado de PC até 2026.
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Outros Players
A adoção de CPUs Arm está sendo impulsionada por grandes players do setor. A Amazon está usando Graviton CPUs, chips baseados em Arm, em metade de suas instâncias de nuvem, reduzindo a dependência de Intel e AMD.
Outro player é a Ampere Computing, que desenvolve processadores Arm para data centers. A empresa começou com o apoio da Oracle e hoje pertence à SoftBank, que também controla a Arm Holdings. Por fim, a própria NVIDIA, em suas CPUs Grace com 144 núcleos, usa Arm Neoverse V2 que impulsionam servidores GB200 e GB300.
Porém, a Arm não depende apenas de AWS, Ampere e NVIDIA. A empresa também fornece Compute Subsystems (CSS) com núcleos Neoverse, permitindo que fabricantes desenvolvam seus próprios chips para servidores.
E também há rumores de que a Arm esteja criando processadores para provedores como Meta, o que pode ampliar significativamente sua participação de mercado no futuro.
Disputa com a Qualcomm
A Arm, atualmente, está em disputa com a Qualcomm após esta adquirir a Nuvia em 2021 por US$ 1,4 bilhões. A Arm acusa a Qualcomm de violação de contrato ao usar tecnologias da Nuvia na criação dos novos processadores Snapdragon.
Uma primeira decisão de júri conclui que a fabricante dos Snapdragon X era inocente, afirmando que não houve violação de contrato da Qualcomm com a Arm ao usar tecnologias da Nuvia na criação dos novos processadores. A Arm pediu um novo julgamento, continuando a disputa.
Fonte: Reuters.
