Apple cede à pressão da Indonésia e retoma vendas do iPhone
O governo da Indonésia, maior país do Sudeste Asiático, enfim, chegou a acordo para que a Apple retome as vendas por lá. O anúncio foi feito pelo Ministro da Indústria local, Agus Gumiwang Kartasasmita, em coletiva de imprensa em Jacarta, segundo a Bloomberg.
Depois de cinco meses de negociações, será emitida a autorização que permite as operações da empresa estadunidense em solo indonésio. Até então, o governo citava falhas nos requisitos de fabricação doméstica para smartphones e tablets.
Isso forçou a Apple a apresentar plano de investimentos regionalizado: no mês passado, a big tech prometeu US$ 1 bilhão (R$ 5,77 bilhões, na conversão direta) em financiamentos, oferta que agradou ao presidente Prabowo Subianto, mas que passou por ajustes nas últimas semanas.
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O acordo inclui a construção de fábrica na ilha de Batam para produzir AirTags, dispositivo que permite rastrear bagagens, animais de estimação ou outros pertences. A unidade será operada pela Luxshare Precision, uma das principais fornecedoras da empresa da maçã.
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Apple sofreu pressão por todos os lados
- Segundo a Bloomberg, o acordo é visto como vitória pelo governo da Indonésia, que tem pressionado empresas estrangeiras a impulsionar a fabricação local e não apenas usar o país como um “centro de vendas”;
- Um porta-voz da Apple disse à reportagem que a empresa está “animada para expandir os investimentos pela Indonésia e mal pode esperar para trazer todos os produtos inovadores da Apple, incluindo a família iPhone 16, com o novo iPhone 16e, para os clientes”;
- O mercado local é estratégico para a big tech, que, por enquanto, está fora das cinco principais marcas de smartphones no país, mas com grande potencial de público: mais da metade da população de 278 milhões de pessoas têm menos de 44 anos e mantém forte vínculo com tecnologia, como destaca a Bloomberg.
Vale dizer que a tática do governo indonésio tem suas semelhanças com as ameaças do presidente Donald Trump de taxar importações de produtos chineses — muitos deles usados pela Apple — com o objetivo de favorecer a produção local. A estratégia surtiu efeito: a empresa anunciou o maior plano de investimentos da história nos EUA, com previsão de gastos de US$ 500 bilhões (R$ 2,88 trilhões) nos próximos cinco anos.
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