EconomyNewsTop Stories

Análise | ZERO Sievert: Um Manual Pós-Apocalíptico Para Quem Acha que Já Sofreu Muito na Vida

Vamos lá, a premissa de ZERO Sievert é simples: o mundo acabou, e a única coisa que sobrou para você foi uma mochila velha, alguns latões enferrujados e uma bela chance de ser devorado por um javali mutante. Bem-vindo à simulação de um apocalipse onde até os coelhos têm sede de sangue, e qualquer latinha de feijão que você encontrar no caminho é praticamente uma conquista. E aqui entre nós, isso é o tipo de experiência que só o PC Master Race aguenta com estilo – porque, convenhamos, jogar esse jogo no console seria o equivalente a tentar ler Dostoiévski com óculos de sol à noite.

Então, Sobreviver é o Novo Normal!

Primeira coisa que você precisa entender: ZERO Sievert não está aqui para te fazer sentir bem. Isso aqui não é aquele jogo onde você faz amizade com NPCs carismáticos e descobre segredos bonitinhos. Não, meu caro. Aqui, cada diálogo é uma lembrança de que você está vivendo em um mundo onde até a poeira parece ter rancor. Cada missão que você aceita é basicamente um jeito do jogo dizer “ok, vamos ver até onde você aguenta sem chorar”. E quer saber? Esse tipo de entretenimento cruel é o que faz o PC Master Race sair na frente. A gente gosta de um desafio, de saber que a morte é o ponto de partida e que tudo – TUDO – está ali para te destruir. Consolistas tipo o Kazin Mage ficam ali no cantinho chorando.

Procedural? É a Surpresa Que Ninguém Pediu

Sabe aquela sensação gostosa de abrir um pacote surpresa? Pois é, ZERO Sievert entrega isso… mas com armadilhas mortais. O jogo é procedural, então cada vez que você sai do seu bunker querido e confortável, o mapa é completamente diferente. Só que, ao invés de flores e arco-íris, você encontra javalis psicopatas, bandidos com mira de cirurgião e zonas radioativas tão simpáticas quanto um espirro de Chernobyl. A cada nova partida, o jogo reseta, te dá um mapa diferente, e sussurra “boa sorte, campeão”. Ah, e boa sorte mesmo, porque não tem essa de decorar o caminho – aqui é tudo improviso.

E a ironia é que, com cada saída, a tal “surpresa” se transforma em uma expectativa de tragédia. O jogo te entrega essa pseudo-liberdade, mas sabemos que a verdade é uma só: você está correndo em círculos, tentando não tropeçar nos cadáveres dos seus sonhos de sobrevivência.

Gráficos que saíram de uma máquina rodando DOS com tela amarelada

Os gráficos de ZERO Sievert têm aquela vibe nostálgica de jogos dos tempos do DOS, com um charme retrô que beira o irônico. É um apocalipse que não tenta te impressionar com hiperrealismo, mas sim com pixel art que parece ter sido direto de uma aula de arte do colégio – e isso funciona. Com uma estética simples e minimalista, ZERO Sievert evoca aquela energia frenética de Hotline Miami, onde cada pixel mal desenhado adiciona à sensação de desespero e brutalidade do cenário. Cada detalhe, ou a falta deles, te faz lembrar que aqui o visual “low-fi” é parte do pacote de humilhação – uma escolha estilística que dá um tapa na cara de quem se acostumou com gráficos de ponta.

As Missões: Tarefa Ou Teste de Paciência?

Ah, ZERO Sievert é generoso o suficiente para te dar missões, mas não vá pensando que isso significa que ele pega leve. É um jogo que parece perguntar: “missão fácil? É isso mesmo que você quer da vida?” Cada missão é uma maratona de testes e é quase certo que, em algum momento, você vai querer desistir. Seja para coletar peças inúteis (que magicamente valem uma fortuna) ou para eliminar um bando de inimigos que parecem ser descendentes diretos do Rambo, toda tarefa vem com o nível de desafio “vai encarar?”.

E o melhor é que, ao mesmo tempo que o jogo te oferece a missão, ele praticamente ri na sua cara com o sistema de inventário. Quer guardar aquela preciosidade que você achou, como uma lata de atum duvidosa? Beleza, mas isso vai ocupar o espaço de quatro itens essenciais. Afinal, no apocalipse de ZERO Sievert, atum é quase um símbolo de status.

Um Mundo Onde Javalis São Monstros: A Lógica do Game

Se tem algo que ZERO Sievert fez questão de subverter, é a ordem natural das coisas. Aqui, o verdadeiro perigo não são bandidos armados até os dentes ou as zonas de radiação – são os animais. Você pensou que o maior problema seria a radiação? Que nada. Em ZERO Sievert, a fauna está contra você, e nem um lobinho ou coelhinho escapam da sede de sangue. Um simples porquinho-do-mato se transforma em uma versão apocalíptica do Hulk, e eles têm a mira de um jogador pró em torneio de CS.

E não pense que dá para “dar um jeito” nesses inimigos naturais. Esse é um jogo onde cada porquinho agressivo é um lembrete cruel de que você, com todas as suas armas personalizadas e upgrades de última linha, não passa de um alvo de treino. É aquela humilhação cheia de classe.

Armas e Customização: Todo o Conforto de um Arsenal Personalizado… Pra Morrer Com Estilo

Se tem uma coisa que ZERO Sievert fez com maestria, foi permitir que você transforme uma arma em algo mais letal que um tanque de guerra. Quer um scope de longo alcance? Tem. Mira a laser? Tá na mão. Mais de 150 mods, para que você sinta que está preparado para enfrentar até o diabo em pessoa. Só que tem um detalhe: todo esse preparo é só para você durar mais alguns segundos em uma partida onde, de alguma forma, até os animais irracionais estão mais equipados que você.

Cada ajuste que você faz na arma te dá aquela sensação de poder e invencibilidade – até você sair para o mundo. A primeira bala que você toma de um NPC em um canto aleatório te lembra: no fim, todo esse estilo não significa nada.

Prós:

Mapas gerados proceduralmente que trazem diversidade e surpresas mortais
Sistema de personalização de armas pra fazer qualquer mercenário chorar
Atmosfera tensa e envolvente que é uma verdadeira homenagem ao apocalipse

Contras:

Dificuldade que faria um jogador casual jogar o teclado na parede
Missões que são o equivalente a um teste de paciência hardcore
Limitações de dificuldade que tornam a experiência implacável até demais

Nota Final: 8/10

ZERO Sievert é uma experiência que não mede palavras: ou você domina, ou se submete. E para o PC Master Race, é um convite irresistível para mostrar quem manda. Cada morte, cada missão falha, cada luta contra o inventário é um lembrete de que o apocalipse é uma experiência que só vale a pena quando você tem uma máquina robusta, que aguenta cada mapa procedural e cada mod de arma sem pestanejar. Um verdadeiro consolo pra quem gosta de desafio – e pra quem não tem medo de um javali psicótico.

The post Análise | ZERO Sievert: Um Manual Pós-Apocalíptico Para Quem Acha que Já Sofreu Muito na Vida first appeared on GameHall.

Facebook Comments Box