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Análise | Split Fiction – Um surto interdimensional de criatividade

Se você sobreviveu a It Takes Two sem jogar o controle na cara do seu parceiro, se prepara. Split Fiction chegou pra redefinir a loucura cooperativa, e eu já adianto: é um dos melhores jogos do ano.

Mas calma, antes de sair correndo pro Steam com o cartão de crédito na mão, deixa eu te contar: esse jogo é insano. Não do jeito “olha como somos um indie cult que desafia narrativas”, mas do tipo “o roteirista definitivamente estava alucinando quando escreveu isso”.

Jogar Split Fiction é como ser jogado dentro de uma máquina de lavar rodando no ciclo turbo, enquanto você tenta resolver puzzles e discutir com seu parceiro sobre quem deveria segurar a alavanca primeiro.

História – Esquece lógica, só aceita a brisa

Você e seu parceiro jogam como Mio Hudson e Zoe Foster, duas escritoras que não podiam ser mais diferentes. Mio é a nerd de ficção científica que passa o dia consumindo distopias cyberpunk, e Zoe é aquela fã de fantasia que acha que todo problema se resolve com magia e unicórnios.

Mas, como qualquer boa obra da Hazelight Studios, não basta só dois personagens diferentes: eles precisam sofrer juntos. E quem aparece pra ferrar com a vida delas? A Rader Corporation, que inventa uma máquina maluca pra sugar as ideias criativas das duas. Só que, em vez de fazer um plágio básico, a geringonça simplesmente teletransporta as escritoras para dentro de suas próprias histórias.

Ou seja, de repente, você tá preso em um mundo onde sci-fi e fantasia colidem, e nada faz sentido. Um minuto você tá pulando entre prédios cyberpunk, no outro, você tá fugindo de dragões cuspindo lasers.

Nada aqui segue um roteiro linear. Cada fase do jogo joga uma nova regra na sua cara e espera que você se vire. Split Fiction não quer te ajudar. Ele quer ver você e seu parceiro discutindo, errando e se adaptando na marra.

Gameplay – Uma overdose de ideias em 60 FPS

A melhor (e pior) parte desse jogo? Não tem um único momento de descanso.

O jogo simplesmente se recusa a te dar um tempo pra respirar. Cada fase é completamente diferente da anterior, e as mecânicas mudam com uma velocidade que faria o Sonic passar mal.

🎮 Um momento, você está pilotando uma nave interdimensional num combate espacial digno de Star Wars.
🦄 No outro, você tá montado num unicórnio que atravessa portais mágicos e desvia de bolas de fogo.
🤖 E de repente, BAM! Você tá controlando robôs gigantes contra goblins voadores.

E isso é só o começo. Cada mundo dentro do jogo tem suas próprias mecânicas e regras, e o jogo não te dá tempo de se acostumar com nada. Assim que você acha que dominou um conceito, o jogo muda completamente a dinâmica. Você tem que reaprender o gameplay o tempo todo, e isso é simplesmente genial.

O mais doido é como o design de fases consegue misturar esses elementos sem quebrar o ritmo. Por exemplo, tem uma fase onde um jogador controla um personagem num cenário de plataforma 2D, enquanto o outro joga em um espaço 3D ao redor da fase do amigo, abrindo portas, movendo plataformas e alterando a gravidade. Isso exige uma sincronia absurda entre os jogadores, porque se um errar, o outro morre junto.

Outra fase incrível acontece em um mundo cyberpunk, onde um jogador precisa hackear sistemas num minigame de lógica enquanto o outro atravessa corredores cheios de lasers, sendo guiado pelo parceiro. Se o hacker errar o código, a outra pessoa leva choque e morre na hora. Isso gera uns momentos de desespero hilários, onde um fica gritando “ABRE ESSA DROGA, EU VOU MORRER!!!” enquanto o outro tenta decifrar o código na pressão.

Se você não gosta de mudanças bruscas de gameplay e quer uma experiência mais tradicional, fuja desse jogo. Mas se você ama ser constantemente desafiado e surpreendido, Split Fiction é um festival de ideias brilhantes.

Dificuldade – Treine seu reflexo e sua paciência

O jogo não te deixa só na piração visual. Ele quer te ferrar de verdade.

Os puzzles são criativos, mas alguns beiram o sadismo. Tem desafios que exigem sincronia absoluta, tipo:
🕹 Um jogador controlando o tempo enquanto o outro atravessa lasers mortais.
📜 Um resolvendo um enigma de lógica enquanto o outro se equilibra em plataformas flutuantes.
🔥 Ambos tentando não matar um ao outro porque alguém esqueceu de puxar a alavanca no momento certo.

Se você não se comunicar bem com seu parceiro, prepare-se para tretas épicas no Discord.

Gráficos e Som – Olha isso, mano…

A Hazelight já provou que sabe como fazer um jogo lindo, mas Split Fiction é um tapa na cara do bom gosto.

Os cenários são de outro mundo (literalmente). Um minuto você tá num cyberpunk neon azul esverdeado digno de Akira, no outro tá num castelo medieval todo pixelado, depois tá dentro de uma biblioteca infinita com livros flutuantes.

E o som? A trilha sonora muda de acordo com a fase, passando de synthwave oitentista pra orquestras épicas, e depois pra rock progressivo como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Se você não parar o jogo pra só admirar os cenários, você tá jogando errado.

O que pode irritar?

🔥 Primeiro: o jogo NÃO é casual.
Se você queria um co-op relaxante, esquece. Isso aqui exige habilidade, paciência e raciocínio rápido.

🧩 Segundo: os puzzles são 8 ou 80.
Alguns são geniais, outros são tão confusos que você vai querer tacar o controle na parede.

🎮 Terceiro: não tem como jogar sozinho.
Se você não tem um amigo, namorado(a) ou parceiro de jogo, boa sorte tentando convencer alguém a jogar com você.

Prós e Contras

Prós:

  • Criatividade ABSURDA – Cada fase parece um jogo diferente.
  • Gráficos e trilha sonora INSANOS – É lindo e cheio de detalhes.
  • Gameplay que desafia qualquer gamer – Nunca fica repetitivo.
  • Cooperação 100% necessária – Se jogar com alguém bom, a experiência é surreal.
  • Referências nerds a cada esquina – Você vai rir e se impressionar com os detalhes.

Contras:

  • Se você não tem parceiro de jogo, esquece.
  • Alguns puzzles são difíceis ao ponto da frustração.
  • Não é um jogo casual – Se você queria relaxar, aqui não é o lugar.

Nota Final: 9/10

Perdeu 1 ponto porque eu quase terminei uma amizade tentando sincronizar um puzzle de tempo. Mas tirando isso, esse jogo é uma obra-prima. Split Fiction é uma das melhores experiências cooperativas já feitas. Eu já esperava algo louco vindo da Hazelight, mas Split Fiction passa dos limites. Ele não é só um jogo, é um tsunami de criatividade que te joga contra a parede e grita “SE VIRA AÍ, TROUXA”. Se você gosta de co-op desafiador, fases completamente insanas, puzzles brutais e um jogo que muda de mecânica a cada 5 minutos, compra essa desgraça AGORA. Se você quer algo tranquilo, foge enquanto dá tempo.

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