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Análise | Sorry We’re Closed: Um Rolê Sobrenatural com Sarcasmo e Terror na Dose Certa

E aí seus viajantes de terras sobrenaturais, permitam-me conduzi-los por uma análise de “Sorry We’re Closed”, uma jornada tão peculiar quanto um grimório escrito por um hipster que frequenta cafeterias em becos obscuros. Este pequeno tesouro indie, envolto em mistério e humor sombrio, faz você rir e gritar quase ao mesmo tempo — o que, convenhamos, é a base de qualquer relacionamento saudável, certo?

História: Um namoro tóxico com um demônio? Só mais um dia comum…

Imagine que você terminou com seu crush e, em vez de chorar com um pote de sorvete e maratonar dramas coreanos, descobre que foi amaldiçoado por uma demônia conhecida como “A Duquesa”. Essa é a vida de Michelle, a heroína que parece ter saído direto de um show da década de 80, com maquiagem gótica impecável e um sarcasmo que faria até o Deadpool parar para tomar notas.

A trama de “Sorry We’re Closed” é deliciosamente absurda. É como misturar os filmes de terror trash dos anos 80 com aquele episódio de Buffy, a Caça-Vampiros, onde um demônio apaixonado vira o centro das atenções. A Duquesa não é só um vilão qualquer; ela é um espírito com complexo de Tinder, tentando preencher seu vazio emocional com a alma de Michelle. Relatable, né? Quem nunca se sentiu assim numa segunda-feira?

O jogo também apresenta uma galeria de NPCs tão peculiares quanto Michelle, como um demônio chef gourmet (sim, ele existe) que quer usar almas humanas para criar novos pratos. Eu me perguntei se ele assistiu muito MasterChef, mas com Gordon Ramsay literalmente gritando do inferno. Você também encontra anjos com crises existenciais, o que me fez lembrar que nem no paraíso as pessoas conseguem evitar a terapia.

Jogabilidade: Entre sustos, puzzles e um Terceiro Olho de dar inveja ao Doutor Estranho

Aqui está a parte onde a coisa fica realmente interessante. O jogo adota os ângulos de câmera fixos clássicos, bem ao estilo dos primeiros Resident Evil e Silent Hill, deixando você com aquela sensação de “será que eu realmente quero virar essa esquina?”. O terror aqui é palpável, mas nunca tão opressivo a ponto de te fazer desligar o console — ou correr para abraçar seu travesseiro.

A mecânica do Terceiro Olho é o toque especial. É como um mix de Detective Mode de Batman: Arkham e aquele momento em que você percebe que deixou a toalha no banheiro enquanto toma banho. Michelle pode ver entre mundos, revelando segredos, puzzles e até os pontos fracos dos inimigos. É útil, mas não deixa de ser um convite para mais sustos.

Os combates são intensos e dependem de armas demoníacas que Michelle adquire ao longo da aventura. Confesso que algumas batalhas me lembraram jogos como Bloodborne, onde você dança entre ataques e esquivas, mas com menos gótico melancólico e mais “eu vou te socar porque tô de mau humor”. Só tome cuidado, porque os controles podem ser tão temperamentais quanto A Duquesa quando está em um mau dia.

Visual e referências pop: um caldeirão cheio de estilo

“Sorry We’re Closed” é visualmente fascinante. É como se Killer7 tivesse se encontrado com JoJo’s Bizarre Adventure em um bar temático dos anos 90. Os visuais misturam arte surrealista e elementos de terror, criando um ambiente que parece saído de um sonho febril após uma maratona de Twin Peaks.

A trilha sonora também brilha, alternando entre rock sombrio e sintetizadores que gritam “anos 80 estão de volta, baby!”. Em alguns momentos, me senti como se estivesse em uma rave demoníaca; em outros, como se fosse transportado para uma cena melancólica de Life is Strange, mas com menos drama adolescente e mais gárgulas querendo arrancar minha cabeça.

Michelle é um espetáculo à parte. Seu sarcasmo e respostas afiadas me fizeram rir em situações onde eu deveria estar aterrorizado. Ela é como aquela amiga que faz piada de tudo, mesmo quando a situação pede seriedade. Sabe aquele momento em que ela enfrenta A Duquesa e solta algo como “Sério, é só isso que você tem? Já vi baratas mais assustadoras”? Ícone.

Prós:

Uma história envolvente e cheia de humor sombrio.
Mecânicas inovadoras, como o Terceiro Olho.
Visual estiloso e cheio de personalidade.
Protagonista carismática com diálogos memoráveis.
Uma trilha sonora que mistura nostalgia e modernidade.

Contras:

Controles um pouco complicados em momentos de combate.
Pode ser desafiador para quem prefere experiências mais guiadas.
Ângulos de câmera fixos, embora atmosféricos, podem frustrar em alguns momentos.

Nota Final: 8/10

“Sorry We’re Closed” é como aquele bar escondido que só os descolados conhecem: cheio de personalidade, esquisitices e um charme único. Com uma história que mistura terror, humor e sarcasmo, e uma jogabilidade que homenageia os clássicos do survival horror enquanto inova com mecânicas criativas, o jogo entrega uma experiência memorável para quem tem estômago (e paciência) para encarar os desafios.

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