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Análise | Rogue Waters – Quando Sea of Thieves Conhece Darkest Dungeon

Bora zarpar, meus consagrados! Só cuidado pra não afundar no primeiro furacão que aparecer…

Se tem uma coisa que Rogue Waters ensina logo nos primeiros minutos, é que ser pirata não é só ficar bebendo rum e gritando ‘ARRRR’ por aí. É estratégia, é planejamento, é saber a hora certa de atirar os canhões e, mais importante, é aceitar que você vai afundar. Muitas vezes. Tipo, mais vezes do que o Titanic e a carreira do Johnny Depp juntos. Mas calma lá, porque por trás dessa dificuldade brutal e dessas mecânicas de roguelite sádicas, existe um jogo que consegue te fisgar mais do que um anzol no mar revolto.

Então ajusta esse tapa-olho, porque hoje eu te levo numa jornada pelos mares traiçoeiros de Rogue Waters, um jogo que parece ter saído direto da mente de um jogador de Sid Meier’s Pirates! que achou Darkest Dungeon “muito fácil” e resolveu misturar tudo com roguelike pra rir da nossa cara.

Bem-vindo ao Mar, Seu Desgraçado

A primeira coisa que chama atenção em Rogue Waters é o visual. Gráficos estilizados com um toque cartunesco, mas sem parecer infantil demais – tipo aqueles desenhos dos anos 90 que eram feitos pra molecada, mas escondiam umas referências bizarras que só os adultos entendiam. Os navios são detalhados, os cenários são bem construídos, e a ambientação realmente faz você sentir que tá navegando num mar cheio de perigos e mistérios. O problema? Esse mar é muito mais traiçoeiro do que bonito.

O jogo te joga no comando de um navio com uma tripulação, e o objetivo é… bom, não morrer. Parece fácil, mas entre tempestades que te jogam direto no inferno, monstros marinhos saídos das piores histórias de pescador e inimigos que parecem ter aprendido estratégia com Napoleão, o desafio é real.

Jogabilidade: Xadrez Com Canhões

Se você jogou Darkest Dungeon, vai sacar rápido o esquema aqui. O combate é tático por turnos, e cada decisão errada te afunda mais rápido do que uma âncora de 10 toneladas. Você tem que gerenciar seu navio, posicionar sua tripulação, calcular o vento e decidir qual tática usar contra os inimigos. É um jogo que não perdoa vacilos – e como um bom roguelite, vai te fazer aprender da pior forma possível.

Batalhas navais: Atire os canhões, manobre o navio e reze pra Poseidon não decidir te ferrar naquele turno.
Abordagens: Quando você consegue encostar no navio inimigo, o jogo muda pra combate em grid, onde a sua tripulação tem que eliminar os adversários na base da espadada e da pólvora.
Exploração: Entre uma batalha e outra, você vai explorar ilhas, encontrar tesouros e recrutar novos tripulantes – ou ser emboscado e perder metade da sua tripulação porque achou que seria uma boa ideia explorar aquela caverna suspeita.

E sim, cada expedição é diferente. O mapa é gerado proceduralmente, então você nunca sabe se vai encontrar uma ilha cheia de ouro ou um Kraken que decidiu que você parece um petisco saboroso.

Personalização: Seu Navio, Suas Regras (Mas Não Se Anime)

Se tem uma coisa que Rogue Waters faz bem, é te dar a ilusão de controle. Você pode personalizar seu navio, recrutar sua tripulação e escolher suas armas… mas no final, o jogo ainda vai dar um jeito de te humilhar. Quer um canhão que dispara tiros flamejantes? Beleza, mas ele também pode explodir seu próprio casco se você não manusear direito. Quer um marinheiro com habilidades únicas? Boa sorte mantendo ele vivo tempo o suficiente pra valer a pena.

O jogo te recompensa por pensar estrategicamente e fazer escolhas inteligentes, mas também se diverte vendo você cometer erros estúpidos e pagar caro por isso. Ah, e se você perder um membro da tripulação que era essencial? Já era, amigão. Isso aqui não é Fire Emblem, ninguém volta com uma fênix down.

Dificuldade: O Kraken é o Menor dos Seus Problemas

Agora, se tem algo que esse jogo faz questão de esfregar na sua cara, é que ele não foi feito pra te dar uma experiência relaxante. Quer sair navegando despreocupado, curtindo a brisa do mar? Vai jogar Sea of Thieves, porque aqui cada escolha errada te custa uma vida.

E quando eu digo que o jogo é difícil, não tô exagerando. Você vai:

Tomar um crítico de um inimigo aleatório e perder um tripulante essencial.
Ficar sem recursos e ter que decidir entre morrer de fome ou arriscar um saque mal planejado.
Ser surpreendido por um evento aleatório que faz questão de te colocar contra um chefe logo depois de uma batalha ferrada.

Sim, é frustrante. Sim, é punitivo. Sim, você vai xingar o monitor. Mas é aquele tipo de jogo que, quando você finalmente sobrevive a uma sequência de desafios impossíveis, te dá uma sensação de realização que poucos títulos conseguem entregar.

Vale a Pena Sofrer?

Se você curte roguelikes desafiadores, pirataria e estratégia tática, Rogue Waters é exatamente o jogo que você estava esperando para odiar e amar ao mesmo tempo. Ele te dá total liberdade pra explorar o mar como quiser, mas também faz questão de te punir por cada erro com a precisão de um capitão cruel. É frustrante, desafiador e, ao mesmo tempo, extremamente gratificante.

Mas se você não gosta de dificuldade, odeia mecânicas de roguelite e só queria um joguinho de pirata tranquilo pra relaxar depois do trabalho, fuja para as colinas antes que seja tarde.

Prós e Contras

Prós:

Combate estratégico – Tanto as batalhas navais quanto os confrontos terrestres exigem planejamento e inteligência.
Atmosfera pirata impecável – Trilha sonora, gráficos e ambientação criam uma experiência imersiva.
Alto nível de personalização – Tripulação, navio e armamentos podem ser ajustados ao seu estilo de jogo.
Replayability altíssima – O mundo procedural garante que nenhuma jornada seja igual à outra.

Contras:

Difícil pra cacete – Se você não gosta de perder e recomeçar do zero, vai sofrer.
Sorte influencia mais do que deveria – Às vezes, uma jogada ruim te afunda sem que você possa fazer muita coisa.
Pode ser frustrante – Algumas mecânicas punitivas podem afastar jogadores menos pacientes.

Nota Final: 7/10

Uma Aventura Para Quem Gosta de Sofrer. Rogue Waters é um jogo que testa sua paciência, sua inteligência e sua capacidade de tomar decisões estratégicas sob pressão. Não é pra qualquer um, mas se você curte um bom desafio, ele pode ser um dos roguelikes mais gratificantes que você já jogou. Agora, se me dão licença, vou tentar mais uma vez. Porque, no fim das contas, a vida de pirata é feita de persistência… e um bocado de xingamentos.

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