Análise | Orcs Must Die! Deathtrap – Tower Defense quer ser Roguelike, mas esqueceu alguma coisa no caminho
Fala, tropa! Chega mais que hoje o papo é reto sobre Orcs Must Die! Deathtrap, aquele jogo que tentou misturar Tower Defense com Roguelike e acabou criando um Frankenstein meio doido.
Sabe aquela ideia de juntar dois rolês que parecem bons no papel, tipo botar ketchup na pizza? Então, pode dar bom pra alguns, mas pra outros… é só tristeza. Bora ver se essa parada vale seu tempo ou se é só mais um grind eterno esperando o esquecimento?
A MESMA BAGUNÇA DE SEMPRE, MAS AGORA COM UMA PITADA DE DESESPERO
Mano, a série Orcs Must Die! sempre foi sinônimo de caos organizado. Você taca armadilhas, mete porrada e vê os orcs explodindo igual milho na panela. Mas aí vem o Deathtrap querendo dar um tapa na fórmula e botar elementos roguelike, deixando tudo mais aleatório e (teoricamente) mais difícil. O problema? Em vez de sentir que você tá evoluindo e aprendendo, parece que os devs só aumentaram a dor de cabeça e jogaram o balanceamento no lixo.
A parada aqui é simples: você entra na fase, monta umas armadilhas e torce pra RNG não te ferrar na hora dos modificadores. Isso porque cada rodada tem uns buffs e debuffs que podem deixar o jogo tranquilão ou impossível, dependendo do seu azar. Parece legal, né? O problema é que se cair um modificador ruim, pode resetar sua run que já era. É tipo tentar atravessar um mapa de Dark Souls sem armadura e só com um galho na mão.
GRÁFICOS – BONITINHO, MAS LARGADO NO CANTINHO
Se liga, o jogo não é feio. Tem aquele visual cartunesco, meio estilão de Dungeon Defenders, com os orcs parecendo uns bonecões de Olinda prontos pra levar um sacode. O problema é que a otimização tá meio vergonhosa. Se tu joga no Xbox Series X, parece que tá rodando no micro-ondas, tudo com textura meia boca e queda de FPS. Agora, no PC Master Race, aí sim o jogo brilha mais do que dragão de MMORPG chinês cheio de efeito luminoso.
Se fosse pra comparar, diria que o game é tipo aquele cara estiloso, mas que usa crocs com meia – parece legal, mas quando olha de perto, dá um desconforto.
TÁTICA OU PURA BRUTALIDADE?
Agora, o que me pegou mesmo foi a parte estratégica. Nos outros Orcs Must Die!, você tinha liberdade total pra montar armadilhas e criar uma defesa absurda. Aqui, os devs resolveram cagar na criatividade e te limitam no uso das barricadas. Ou seja, nada de túnel da morte boladão, agora é na base do improviso e da sorte.
Se tu joga solo, se prepara pra sofrer, porque os orcs vão te atropelar pior que trânsito de São Paulo na chuva. Mas se tem um squad, aí a parada fica mais aceitável, porque cada um pode tentar bolar alguma estratégia minimamente decente.
COOP – FESTA OU DESGRAÇA COLETIVA?
Falando em squad, o modo cooperativo pra até quatro manos é o ponto alto. Quando a galera se junta e começa a meter armadilha pra tudo que é lado, o jogo brilha. Mas não se engane, porque o balanceamento é mais desregulado que Wi-Fi de cafeteria lotada.
Se você entra numa partida com quatro jogadores, o jogo simplesmente desiste de calcular a dificuldade direito e solta orc igual boleto no começo do mês. Se for solo, os inimigos te mastigam sem nem perguntar seu nome. Se for em dupla, pode ser tranquilo… ou pode ser um purgatório de espinhos, dependendo de como a IA acordou no dia.
Outro problema é que o jogo não explica nada direito. O tutorial é tão útil quanto sinal de internet na rodoviária, e quem é novato entra na partida parecendo um NPC perdido no meio do caos.
ROGUELIKE OU SÓ GRIND SEM FIM?
A ideia de fazer o jogo estilo roguelike até que tem potencial, mas a execução é broxante. A progressão do jogo tenta te prender com desbloqueio de novas armadilhas, habilidades e personagens, mas tudo demora tanto que parece um serviço por assinatura: paga hoje e recebe o benefício só no ano que vem.
Sério, os upgrades são tão insignificantes que às vezes tu nem percebe a diferença. Parece aquele amigo que troca de celular todo ano, mas continua usando só WhatsApp e Instagram.
E pra completar, o fator replay não é tão forte quanto queriam fazer parecer. O jogo até tenta te enganar com promessas de variedade, mas depois de algumas runs, você percebe que tá jogando a mesma coisa, só com os inimigos mudando de cor.
AS COMPARAÇÕES SÃO INEVITÁVEIS
Não tem como não comparar com Dungeon Defenders, que entrega uma experiência muito mais balanceada e personalizável. Ou até mesmo Sanctum, que mistura FPS com Tower Defense de um jeito mais justo. Deathtrap tenta ser tudo ao mesmo tempo e acaba sendo um rolê perdido.
Se fosse pra comparar com um personagem, diria que esse jogo é tipo o Vegeta de Dragon Ball – quer muito ser o protagonista, mas sempre fica pra trás do Goku (nesse caso, os outros jogos do gênero).
NARRATIVA? PRA QUÊ, NÉ?
Se tu esperava alguma história minimamente cativante, pode esquecer. O jogo tem a mesma profundidade de enredo que uma propaganda de sabão em pó. É só orc, matança e um monte de piadinha sem graça. Parece aquele amigo que tenta ser engraçado contando piada ruim, mas todo mundo só dá um sorrisinho de educação.
VALE O ESFORÇO OU É MELHOR PASSAR LONGE?
“Orcs Must Die! Deathtrap” é aquela ideia que poderia ser um golaço, mas escorregou e chutou na bandeirinha de escanteio.
Se tu curte o gênero e tem paciência pra superar os defeitos, pode até valer o esforço. Mas se não quer perder tempo com RNG desbalanceado e grind sem sentido, tem opções melhores no mercado.
Agora, bora pro resumão!
Prós e Contras
Prós:
Modo cooperativo é o ponto alto – nada como meter armadilha em conjunto e ver os orcs explodindo.
Visual cartunesco divertido – mesmo sem ser ultra realista, é estiloso.
Elementos roguelike dão um tempero novo, mas…
Contras:
Progressão lenta e sem impacto real – grind infinito pra upgrade meia-boca.
Balanceamento mais quebrado que controle de PS2 velho.
Performance no console parece jogo de celular rodando num tijolão.
Falta de um tutorial decente – se vira aí, mané!
Nota Final: 6/10
Orcs Must Die! Deathtrap é tipo aquele lanche bonito da foto que chega todo amassado na entrega. Tem potencial, tem momentos divertidos, mas a execução deixa a desejar. Se curte sofrer no RNG e tem amigos pra jogar, pode até ser legal. Mas se busca algo mais polido, já pode ir fechando a aba da Steam.
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