Análise | Coridden: Quando o RPG de Ação Decide Misturar Diablo com Shapeshifting de Respeito
Se você achava que os RPGs de ação já tinham explorado tudo, Coridden chega e joga na sua cara: “E se você pudesse virar os bichos que derrota?”. Porque, claro, ser um guerreiro medieval genérico já não era suficiente, agora a gente precisa também virar um lobo, um lagarto ou seja lá qual for a criatura que te derrubou na primeira tentativa.
É como se Diablo e Animorphs tivessem um filho, criado por um fã de Pokémon que jogava muito The Witcher. E sinceramente? Não é uma má ideia.
A História: Quando “Exploração” Significa Morder Gente e Fugir de Guardas
O jogo te coloca no papel de um dos membros da família Dayal, que tem a habilidade especial de se transformar nas criaturas que encontra pelo caminho. Quer dizer, a maioria das pessoas no mundo de Coridden luta com espadas ou magia, mas a sua solução pra tudo é virar um bicho aleatório e resolver as tretas na base da mordida.
A trama te leva para uma cidade lendária cheia de segredos sombrios e perigos mortais. Mas, no final das contas, você não está aqui pela história, né? Você quer dar porrada, testar todas as formas possíveis e ver até onde essa mecânica de mutação pode ir. A narrativa? É legal, tem umas reviravoltas aqui e ali, mas sejamos realistas: ninguém tá jogando isso esperando um Game of Thrones.
Jogabilidade: Quando Ser Humano Não é o Bastante (E Sair Mordendo Todo Mundo é a Solução)
Aqui vem a parte realmente interessante: derrote um inimigo e pegue a forma dele. Simples assim. O que, se você pensar bem, é meio bizarro. Imagine um jogo onde o protagonista pode se transformar em qualquer coisa que derrote. Agora imagine que isso significa que um dia você pode virar um rato gigante. Pois é.
Mas, ironias à parte, essa mecânica funciona muito bem. Cada forma tem suas próprias habilidades e vantagens, e o jogo te incentiva a experimentar diferentes transformações para superar desafios. O sistema de progressão também é sólido, com árvores de habilidades para cada uma das suas formas (humana e monstruosa).
Agora, falando de combate: se você já jogou Diablo, Torchlight ou qualquer RPG de ação top-down, vai se sentir em casa. Mas aqui, em vez de apenas escolher classes, você se adapta na marra. O que, sinceramente, é uma ótima ideia. Porque vamos combinar? O mundo não precisa de mais um clone de Diablo com um mago de fogo e um bárbaro genérico.
Modo Cooperativo: Ou Como Criamos a Montaria Mais Zoada dos Games
Agora, um dos melhores elementos de Coridden é o modo cooperativo. Porque nada grita “melhor experiência multiplayer” do que poder montar no seu amigo quando ele virar um bicho gigante. Isso mesmo. No meio do caos, um de vocês pode virar uma criatura e o outro pode literalmente pular nas costas e sair cavalgando como se fossem um episódio perdido de Digimon.
É divertido pra caramba, especialmente quando a galera começa a se especializar em diferentes criaturas e as batalhas viram uma bagunça visual de lobos, lagartos e outras aberrações tentando coordenar ataques. E, claro, há sempre aquele momento mágico onde alguém resolve virar um monstro do tamanho de um prédio e todo mundo sobe nele tipo carona de Uber medieval.
Gráficos e Som: Bonito, Mas Nada de Queixo Caído
Visualmente, Coridden é bonito. Não espetacular, mas bonito. Se você esperava gráficos de última geração que fariam sua RTX 4090 chorar, pode tirar o cavalinho da chuva. A arte é bem feita, os cenários são interessantes e as criaturas têm um design bacana, mas nada que vá te fazer parar e dizer: “Uau, esse é o Crysis dos RPGs de ação”.
A trilha sonora e os efeitos sonoros fazem o trabalho direitinho, com aquela pegada de aventura e combate frenético. Nada muito memorável, mas também não irrita, o que já é uma vitória considerando a quantidade de jogos indie que acham que “música ambiente” significa “som de panela batendo em loop”.
Comparações: Mistura de Diablo, The Witcher e uma Pitada de Shapeshifting de Respeito
Se Diablo tivesse um sistema de transformação e o Geralt de Rívia resolvesse se transformar nos monstros que enfrenta, Coridden seria o resultado. A jogabilidade traz uma mistura de RPG de ação clássico com um toque de criatividade, e o combate oferece aquela sensação satisfatória de estar sempre evoluindo.
Se você já jogou Torchlight, Path of Exile ou até mesmo Lost Ark, vai notar semelhanças. Mas a mecânica de transformação é realmente o grande diferencial aqui. Você não está apenas escolhendo uma build e seguindo com ela, você está se adaptando o tempo todo, tornando a experiência dinâmica e imprevisível.
Coridden é um jogo divertido, inovador e cheio de boas ideias, mas também tem seus tropeços. A mecânica de transformação e a jogabilidade cooperativa fazem dele uma ótima opção pra quem quer algo novo no gênero de RPGs de ação, mas se você esperava um nível de polimento AAA, talvez seja melhor ajustar as expectativas.
Prós e Contras
Prós:
Mecânica de Transformação Top: Sério, isso é o que faz o jogo valer a pena. Poder virar qualquer monstro derrotado é genial.
Cooperação Hilária: O fato de você poder montar nos seus amigos adiciona um nível extra de caos e diversão.
Progressão Profunda: As árvores de habilidades são bem trabalhadas, oferecendo muitas opções estratégicas.
Contras:
Curva de Aprendizado Meio Íngreme: Se você não pegar o jeito das transformações rápido, vai apanhar mais que NPC de Dark Souls.
Performance Oscilante: Alguns jogadores relataram stuttering e quedas de FPS, especialmente em hardware mais fraco.
Pode Ficar Repetitivo: Depois de um tempo, algumas missões parecem meio “mais do mesmo”.
Nota Final: 7/10
Se você curte jogos como Diablo, Torchlight e The Witcher, mas quer uma pegada diferente, Coridden vale seu tempo. Só lembre-se de que, se estiver jogando com amigos, em algum momento você vai acabar virando um monstro gigante e servindo de carona pra galera. Se isso não for argumento o suficiente, eu sinceramente não sei mais o que vocês querem de um jogo.
The post Análise | Coridden: Quando o RPG de Ação Decide Misturar Diablo com Shapeshifting de Respeito first appeared on GameHall.