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Análise | Achilles: Survivor – Mais Um Clone de Vampire Survivors, Agora com Sandálias e Espada

E lá vamos nós, mais um “Survivor”, porque pelo visto a indústria não consegue mais criar jogos de ação sem copiar Vampire Survivors e jogar um tempero temático por cima. Dessa vez, resolveram enfiar o Aquiles no meio, porque, né, mitologia grega sempre dá um hype. Quem precisa de criatividade quando se tem gregos semi-nus, hordas de inimigos e habilidades piscando na tela como um caça-níquel descontrolado?

Brincadeiras à parte (ou não), Achilles: Survivor pega a fórmula consagrada dos bullet heavens – onde você anda, ataca automaticamente e tenta não morrer – e adiciona um toque de construção de estruturas. Ou seja, além de ter que desviar de um oceano de inimigos vindo na sua direção, agora você também precisa pensar em onde colocar uma torre de flechas. Porque nada grita “herói grego lendário” mais do que jogar um simulador de pedreiro no meio do combate.

Agora, a pergunta é: isso faz o jogo se destacar? Bom… sim e não.

A História: Mitologia Grega Encontrando a Indústria do Copia-e-Cola

A premissa de Achilles: Survivor é bem direta: Aquiles e uma galera de deuses e heróis da mitologia grega escaparam do Tártaro e agora têm que enfrentar hordas infinitas de inimigos. Por quê? Não faço ideia. Alguém pisou na bola no Olimpo e resolveu transformar a vida pós-morte de Aquiles numa arena de “quem sobrevive mais tempo”. Se a ideia era reimaginar mitos clássicos, eu só consigo imaginar Zeus olhando isso de cima e pensando: “Tô fazendo meu nome à toa, né?”

Você pode jogar como Aquiles, Heitor, um ciclope chamado Brontes e até uma oráculo chamada Pítia, cada um com habilidades únicas. A variedade de personagens é legal, mas convenhamos: no fim das contas, o que importa mesmo é encontrar a melhor build e rezar para não tomar um golpe surpresa no meio da tela piscante.

Jogabilidade: Quando Vampire Survivors Encontra um Pedreiro Grego

A mecânica básica aqui é a mesma de sempre: hordas de inimigos aparecem, você atira automaticamente, desvia feito um condenado e vai pegando upgrades pelo caminho. Mas Achilles: Survivor tenta inovar ao incluir uma mecânica de construção de estruturas defensivas. Ou seja, além de sair metendo espadada em esqueletos, você pode construir torres, totens de cura e até aliados para te ajudar.

A ideia é interessante no papel, mas na prática… é uma correria desgraçada. Você já está ocupado fugindo de um tsunami de monstros e, de repente, percebe que precisa parar para pensar: “Onde coloco essa torre de flechas pra não morrer em 5 segundos?” Isso te faz perder tempo e espaço, transformando um jogo que deveria ser puro reflexo em um mini Tower Defense com crise de identidade.

A progressão é típica dos roguelites: você morre, aprende, morre de novo, repete até ficar forte o suficiente para finalmente sobreviver por mais de 10 minutos. Se você gosta desse tipo de desafio masoquista, vai encontrar diversão aqui. Se não tem paciência para morrer mais do que o Kratos antes de dar certo na vida, talvez seja melhor economizar seu tempo.

Visual e Áudio: É Bonito, Mas Nada que Quebre o Monte Olimpo

Os gráficos são bonitinhos, mas nada que vá te fazer largar um jogo AAA para apreciar. Os cenários são bem detalhados, os personagens têm uma pegada estilizada interessante e as animações são fluídas o suficiente para não parecer um PowerPoint rodando no PlayStation 1.

O problema é que, assim como todo Survivor clone, o jogo tende a virar um festival de efeitos visuais piscando na tela, deixando o jogador sem entender se está matando inimigos ou apenas girando no caos. Mas sejamos sinceros: quem precisa de visibilidade quando se tem uma build quebrada e torres cuspindo flechas pra todo lado?

A trilha sonora faz o trabalho direitinho, mas depois de 30 minutos jogando, você provavelmente vai mutar o som e colocar um podcast aleatório, porque nada grita “estamos sem orçamento” mais do que músicas repetitivas em um loop infinito.

Modo Coop? Não, Porque a Vida É um Sofrimento Solitário Mesmo

A essa altura do campeonato, eu esperava um modo cooperativo, porque, convenhamos, jogos de massacre de hordas ficam muito melhores com um amigo para rir enquanto tudo desmorona. Mas não, Achilles: Survivor é uma experiência puramente solo, o que significa que a responsabilidade pelo fracasso será totalmente sua.

Poderia ser mais divertido se desse para jogar com os amigos? Sim. Isso vai impedir fãs do gênero de jogarem? Absolutamente não.

Comparação com Outros Jogos: Se Vampire Survivors Vestisse uma Túnica Grega

Vamos ser realistas: Achilles: Survivor é mais um clone de Vampire Survivors, mas pelo menos tenta trazer algo novo com as construções. O problema é que isso também o torna mais estressante do que deveria ser.

Se você já jogou Yet Another Zombie Survivors, Brotato ou 20 Minutes Till Dawn, vai se sentir em casa aqui. Mas a questão é: você realmente precisa de mais um jogo assim? Se você já espremeu até a última gota de diversão desses outros títulos e quer algo ligeiramente diferente, Achilles: Survivor vale o teste. Se não, talvez seja melhor esperar um desconto.

Se você ainda não cansou da febre de Vampire Survivors e quer ver como o gênero funciona com um tempero mitológico grego, então Achilles: Survivor pode ser uma experiência divertida e desafiadora. Mas se você já passou da fase de querer testar cada clone do gênero, talvez valha a pena esperar algo mais inovador (ou pelo menos algo que permita jogar em coop).

Prós e Contras

Prós:

A mecânica de construção adiciona um diferencial ao estilo Survivor (se você curtir essa mistura maluca).
Jogabilidade frenética que mantém a adrenalina alta (ou o estresse, dependendo do dia).
A progressão e os diferentes personagens oferecem variedade.

Contras:

É mais um Survivor, e já estamos saturados de clones do gênero.
Construir estruturas no meio do combate pode ser mais frustrante do que divertido.
Não tem modo coop, o que é um desperdício para um jogo desse estilo.
O jogo pode se tornar repetitivo rapidamente, especialmente se você não curte a pegada roguelite.

Nota Final: 6/10

No fim das contas, a diversão depende da sua paciência com a fórmula. Se você curte correr, atirar, fugir e repetir até finalmente vencer, vai se divertir. Se não, prepare-se para jogar 10 minutos, dar rage quit e voltar pro Vampire Survivors original, porque pelo menos lá você não precisa construir torres enquanto desvia da morte.

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