Adultos diagnosticados com TDAH podem ter expectativa de vida reduzida
Adultos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ter expectativa de vida menor do que as demais pessoas sem o diagnóstico. É o que diz uma pesquisa realizada pelo University College London e publicada neste mês de janeiro na revista científica The British Journal of Psychiatry.
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Para chegar a esta conclusão, o estudo analisou dados anônimos de 30.029 adultos em todo o Reino Unido com TDAH diagnosticado. Depois, essas informações foram comparadas com as de 300.390 pessoas sem TDAH, que, por sua vez, foram combinados de acordo com idade, sexo e nível de cuidado primário com a saúde.
A partir disso, foi possível notar uma redução aparente na expectativa de vida. Para os homens com TDAH, a variação dos anos de vida ficou entre 4,5 e 9 anos. Para as mulheres, essa variação ficou entre 6,5 e 11 anos.
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Isso se deve às características da condição, uma vez que tem muita energia, mas podem ser bastante dispersas. Na prática, os pesquisadores destacam que isso pode causar mais impulsividade, inquietação e diferenças gerenciamento de tempo.
A longo prazo, esses fatores podem se traduzir em dificuldades com o modelo tradicional de ensino e com o trabalho.
O estudo, no entanto, possui limitações, já que a maioria dos adultos com TDAH não possuem o diagnóstico. Portanto, os impactos na expectativa de vida podem estar superestimados.
A principal autora do artigo, Liz O’Nions, disse em comunicado à imprensa que essa descoberta “indica necessidades de suporte não atendidas”.
“É crucial que descubramos as razões por trás das mortes prematuras para que possamos desenvolver estratégias para preveni-las no futuro”, finaliza Liz.
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