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Ações da Intel atingem os níveis mais baixos dos últimos 16 anos

Na última terça-feira, as ações da Intel fecharam a US$ 18,13, uma queda de 7,36%, e o valor de mercado caiu para US$ 79,06 bilhões. Os números representam o valor mais baixo da empresa desde julho de 2009, refletindo a queda drástica na demanda por CPUs e produtos da empresa.

O setor de tecnologia de ponta foi significativamente impactado pelas tarifas de importação introduzidas pela administração do presidente Trump. Com isso, a Intel sofreu uma queda histórica no valor de mercado e ações, atingindo o nível mais baixo em 16 anos.

A baixa é parte de um movimento mais amplo, com empresas como AMD (-6,5%), Qorvo (-9,9%) e Micron (-4,1%) também enfrentando baixas históricas. Apple, Arm, Nvidia, Qualcomm e TSMC registraram perdas similares.

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Desafios

Créditos: Intel.

As tarifas de importação podem afetar drasticamente empresas como AMD e Intel, mesmo com os chips ainda livres de taxas punitivas. Se os PCs ficarem 20% mais caros nos EUA, a demanda por esses produtos deve cair e os papeis das empresas irão desvalorizar ainda mais.

A AMD e a NVIDIA possuem produção terceirizada em Taiwan, China e Malásia. A Intel tem 30% da sua produção terceirizada e necessita reduzir dependência de ferramentas de fabricação externas.

Com as tarifas de importação, os custos ficam elevados num cenário onde há incertezas sobre a demanda por produtos da Intel. Além disso, a empresa precisa de um sucesso com o processador Panther Lake (tecnologia 18A) que será lançado no final do ano.

Em resumo, os problemas da Intel não se resumem às novas tarifas da administração Trump, com a empresa já numa situação frágil.

Crise antiga

Créditos: Intel.

A situação crítica da Intel não é de hoje, apesar de se agravar com as novas tarifas de importação anunciadas pelo governo Trump. Em agosto do ano passado, a empresa demitiu 15 mil funcionários, cortando R$ 60 bilhões em custos. No mesmo mês, a empresa já estava com o mesmo valor da Open AI.

Outros números que indicam a situação precária são que, em março deste ano, os processadores Ryzen venderam três vezes mais do que seus concorrentes da Intel. Com isso, a AMD conquistou uma renda cinco vezes maior do que sua concorrente.

Faz menos de um mês que Lip-Bu Tan assumiu como novo CEO da Intel. Ele foi bem recebido pelo mercado, traçando os planos da empresa para acelerar a reestruturação da gigante dos chips. Em sua primeira conferência, Lip-Bu Tan prometeu consertar “o que há de errado” com a empresa, mas ele poderá não ter tempo hábil para consertar tudo.

Evidente que nem tudo está perdido. Em fevereiro, a Intel registrou o segundo maior crescimento em 2025 após prometer chips de IA feitos nos EUA. Porém, a empresa ainda está numa situação de risco.

Fonte: SeekingAlpha.

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