Hideo Kojima quer deixar um legado que até alienígenas possam apreciar
Goste você ou não dos trabalhos de Hideo Kojima, fato é que o desenvolvedor japonês tem uma personalidade forte que fica marcada em todos os seus projetos. Segundo o diretor, a intenção de seus trabalhos é criar um tipo de arte que possa ser admirada por gerações futuras — e talvez um ou outro alienígena.
Durante uma sessão de perguntas e respostas organizada pela Anan News, Kojima afirmou a um fã que sempre quer criar algo que seja satisfatório do ponto de vista pessoal. “Ou, melhor, você não pode criar algo com que não esteja satisfeito”, complementou. Ele também explicou que a arte é algo cuja avaliação muda com o passar do tempo.
Foto: Divulgação/Konami
“Assim como pinturas são avaliadas 100 ou 200 anos depois da morte dos artistas, games e filmes permanecem como objetos que são passados por gerações depois de seus criadores morrerem”, continuou Kojima. “Se eu fizer algo com que esteja satisfeito, séculos depois alienígenas podem chegar e dizer ‘isso é incrível’. É isso que quero dizer sobre deixar algo para trás”.
Hideo Kojima quer ir além dos games
Uma das maiores provas de que Hideo Kojima foi bem-sucedido em suas intenções é o quanto jogos como Metal Gear Solid permanecem influentes até hoje. O exemplo mais emblemático disso é o segundo jogo da série, Sons of Liberty, cujos temas envolvendo redes sociais e inteligência artificial permanecem relevantes até os dias atuais.
Foto: Divulgação/Konami
No entanto, o legado do diretor pode ir além dos jogos com tramas mirabolantes nos quais ele costuma trabalhar. Recentemente, ele afirmou que está disposto a colocar em ação seus planos para desenvolver um filme, lembrando que a Kojima Productions não foi estabelecida somente como um estúdio de games.
No entanto, os esforços de Kojima para deixar um legado para trás podem acabar sendo barrados pelas empresas que atuam no setor. Na semana passada, a Video Game History Foundation teve negado um pedido de relaxamento de DMCA que permitira que museus e bibliotecas oferecessem acesso remoto aos títulos que estão em seu catálogo.
Fonte: PC Gamer