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Review: Nikoderiko é o filho de Crash com Donkey Kong

Chegou a hora de se transportar aos anos 90! De todas as boas sensações que o jogo Nikoderiko The Magical World evoca, a nostalgia é, certamente, a mais forte delas. Só que essa viagem não ocorre de forma leviana, e sim com maestria técnica.

Nikoderiko está no exato ponto de intersecção de clássicos como Crash Bandicoot e Donkey Kong Country, misturando perspectivas 2D e 3D com o charme de outrora e um sábio toque de modernidade.

Ele quer ser tão clássico que, por enquanto, está disponível apenas em consoles (PS5, Xbox Series X|S e Nintendo Switch), chegando ao PC numa data futura. Não é sempre que você joga com uma dupla de mangustos ladrões de tesouros, não é mesmo?

Nikoderiko The Magical World: mágico e clássico

Anunciada durante o evento Future Games Show de 2024, a aventura desse par de mamíferos conta sua história de um jeito clássico e objetivo para você não gastar tempo com isso, e sim com o gameplay. Os mangustos Niko e Luna são ladrões de tesouros que descobrem uma antiga relíquia numa ilha mágica. Até que o vilão Grimbald, da Cobring Gem Company, rouba o item da dupla.

As fases misturam 2D com 3D em ótimas – e por vezes inesperadas – mudanças de perspectiva

Para salvar a ilha e suas tribos, eles precisam viajar por 7 mundos ilustrados em diferentes biomas, entre cavernas, florestas, desertos e, é claro, fases aquáticas. A dose de desafio, que pode ir de moderada a alta, fica um pouco mais amena quando você joga em coop. Sim, é diversão à moda antiga, no sofá, lado a lado, na mesma tela.

Um platformer digno de seu gênero precisa carregar um elemento fundamental para o gameplay: montarias. As fases misturam 2D com 3D em ótimas – e por vezes inesperadas – mudanças de perspectiva, que requerem a astúcia do jogador para coletar todos os itens, encontrar áreas secretas e vencer desafios específicos distribuídos pelos estágios. Nesse sentido, as montarias são fundamentais para aquela saudável mudança de ares no gameplay, especialmente porque cada criatura tem seu conjunto de habilidades.

Imagem: VEA Games

Trilha sonora de um certo profissional veterano…

As músicas de Nikoderiko The Magical World vão “martelar” em sua cabeça por um tempo, no melhor dos sentidos. A trilha sonora é composta por ninguém menos que David Wise, profissional também responsável pelas marcantes melodias de Donkey Kong Country, Battletoads, Yooka-Laylee (como co-autor) e tantos outros jogos.

O artista é notabilizado por misturar sons naturais com efeitos digitalizados, criando uma junção única na experiência sonora que acompanha o jogador durante as fases. É como se as músicas por si só tivessem vida própria e contribuíssem para enriquecer os cenários que Niko e Luna desbravam.

Entre os diferentes biomas, a dupla se depara com chefes épicos, cada qual com seus próprios maneirismos, esporando criatividade de ponta a ponta nos trejeitos e animações. Tudo é muito bem pensado, criado e executado. As fases temáticas também possuem outros elementos clássicos do gênero, como carrinhos de mineração, níveis de perseguição e jornadas subaquáticas.

Imagem: VEA Games

Veredito

Nikoderiko é mecanicamente impecável em tudo a que se propõe. O botão de pulo pode ser exceção a isso para alguns jogadores, uma vez que o salto não alcança aquela altura que se espera, o que faz o personagem “escorregar” pelas beiradas com razoável frequência, mas essa é uma questão pessoal e puramente de costume.

Sincero o suficiente para não querer reinventar roda alguma, Nikoderiko The Magical World é um honesto convite ao melhor que os anos 90 oferecem em videogame – sem jamais se esquecer da modernidade.

Analisado no PS5.

Um código de Nikoderiko The Magical World foi gentilmente disponibilizado ao Flow Games para a realização desta análise.

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