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Sonda Hera tira primeiras fotos do Espaço; veja

Rumando aos asteroides Didymos e Dimorphos, a missão Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), fez suas primeiras imagens no Espaço, de onde captou belas fotos da Terra e da Lua.

A nave foi lançada em 7 de outubro e dará continuidade à missão DART da NASA. A imagem foi publicada no perfil da ESA no X, dizendo o seguinte: “Adeus, Terra! Na semana passada, depois de lançarmos com sucesso nossa missão Hera, seus instrumentos foram ligados pela primeira vez e o deck de asteroides foi apontado de volta para o nosso planeta. Isso permitiu que a Hera capturasse as primeiras imagens da Terra e da Lua a uma distância de mais de um milhão de km!”

Farewell, Earth!

Last week, after we successfully launched our Hera mission, its instruments were switched on for the first time and the asteroid deck was pointed back towards our planet.

This allowed Hera to capture the first images of Earth and the Moon from a distance… pic.twitter.com/usrZtxapRU

— European Space Agency (@esa) October 14, 2024

Hera vai complementar dados obtidos pela DART

A missão Hera vai revisitar os asteroides visitados pela DART em 2022;

Na época, ela desviou a rota de Dimorphos ao colidir intencionalmente com ele. Isso mudou sua órbita ao redor de Didymos;

Tudo isso foi feito com vistas a testar nosso poder de desviar objetos espaciais que estejam em direção à Terra;

O intuito da missão europeia é avaliar as consequências do impacto, além de estudar a superfície e a estrutura interna de Dimorphos com mais detalhes. Para isso, Hera terá a ajuda de dois cubesats: Milani e Juventas.

As imagens que a missão tirou são dos dias 10 e 11 de outubro e foram captadas por meio de três instrumentos que serão utilizados para explorar e estudar os asteroides, como explicou a ESA em comunicado.

Na mesma nota, a agência disse que os instrumentos foram ligados pela primeira vez como avaliação pós-lançamento. Durante as análises, o convés de asteroides da Hera, responsável por abrigar seus instrumentos, foi apontado para a Terra, e foi quando as fotos de nosso planeta e de nossa Lua foram captadas.

Imagem tirada com a Asteroid Framing Camera (AFC) (Imagem: ESA)

A primeira delas foi clicada a partir de uma das duas Câmeras de Enquadramento de Asteroides (AFC, na sigla em inglês). Elas são projetadas para navegação e investigações científicas.

Na visão, vemos a Terra no canto inferior esquerdo, com a Lua próximo ao centro do quadro há cerca de 1,6 milhão de quilômetros. É possível ver, ainda, nuvens brancas brilhantes nos céus acima do Oceano Pacífico iluminado pelo Sol.

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Outra foto tirada pela Hera foi clicada por meio do instrumento Thermal Infrared Imager (TIRI), da agência espacial do Japão (JAXA) a uma distância de cerca de 1,4 milhão de quilômetros.

Foto tirada com o Thermal Infrared Imager (TIRI) (Imagem: ESA)

Desta vez, vemos a Terra no centro da imagem, com o polo norte para cima, permitindo que a costa leste dos Estados Unidos e o Oceano Atlântico são clicados. Já a Lua aparece como um ponto brilhante no canto superior direito da imagem.

“O TIRI fará imagens do asteroide Dimorphos na região espectral do infravermelho médio para mapear a temperatura na superfície do asteroide. Ao mapear a ‘inércia térmica’ das regiões da superfície, ou a rapidez com que suas temperaturas mudam, propriedades físicas como rugosidade, distribuição do tamanho das partículas e porosidade podem ser deduzidas”, segundo autoridades da ESA.

Por último, uma imagem em cores falsas divulgadas pela agência foi tirada com o instrumento HyperScout H, que enxerga comprimentos de luz invisíveis ao olho humano, podendo, portanto, detectar a composição mineral de asteroides.

Ela foi clicada praticamente do mesmo ponto de vista da foto tirada pelo AFC. Nela, vemos a Terra no canto inferior esquerdo e a Lua no canto superior direito.

Imagem do instrumento HyperScout H, captada em cores falsas, da Terra e da Lua (Imagem: ESA)

Quando Hera chegará aos asteroides?

A ESA espera que a missão alcance os dois asteroides no fim de 2026. Ela vai estudar tamanho e profundidade da cratera que a DART criou, bem como a eficiência do impacto, oferecendo importantes informações para missões futuras relacionadas.

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