Trump cria nova “corrida do ouro” com mineração em alto mar; entenda
Mais uma polêmica na conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano assinou uma ordem executiva que orienta as agências federais a acelerar a exploração, mineração e processamento de minerais no fundo do mar.
O objetivo da Casa Branca é garantir o acesso a recursos como cobalto, níquel e as chamadas terras raras, fundamentais para a fabricação de diversos produtos tecnológicos. No entanto, ambientalistas destacam que isso pode provocar danos irreversíveis aos ecossistemas marinhos.
EUA querem diminuir dependência da China
- Trump, que não é um grande defensor do meio ambiente, diz que é necessário reduzir a burocracia e aumentar os investimentos na extração de recursos do fundo do mar.
- Ele ainda destaca que isso pode ser fundamental geopoliticamente falando, uma vez que reduziria a dependência da China em relação a alguns minerais.
- A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA apoiou a decisão do presidente norte-americano.
- A entidade ainda citou que isso dará início “a próxima corrida do ouro”.
- A ordem executiva do republicano também pede uma revisão das licenças de mineração no fundo do mar “em áreas além da jurisdição nacional”.
- Isso significa que os EUA poderiam extrair recursos além das zonas marítimas consideradas norte-americanos, abrindo espaço para o aumento de disputas territoriais.
- As informações são do IFLScience.

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Impactos ambientais da mineração são incalculáveis
A decisão de Trump foi amplamente criticada por ambientalistas. Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha.
Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração. Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco.

Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.
Em 2024, 32 países declararam oposição à mineração do fundo do mar, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México, Suécia, Dinamarca e Áustria. A maioria pediu uma pausa preventiva de qualquer operação do tipo até que todos os riscos sejam conhecidos, mas alguns países, incluindo a França, proibiram totalmente a prática. A decisão dos EUA, no entanto, pode acabar incentivando outros governos a tomarem medidas parecidas.
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