Microsoft reinventa clássico dos anos 90 com IA generativa em remake de Quake 2
A Microsoft está dando novos ares ao clássico jogo de tiro Quake 2 (1997) com uma abordagem inovadora: usando inteligência artificial generativa para recriar toda a experiência em tempo real.
O projeto, chamado WHAM, é baseado no modelo Muse AI da empresa, que aprendeu a gerar ambientes, visuais e mecânicas básicas do jogo após ser treinado por apenas uma semana com dados de um único nível.
Diferente de um remake tradicional, esta versão não utiliza assets pré-renderizados como texturas ou modelos 3D. Em vez disso, cada frame é gerado dinamicamente conforme o jogador se move e age no mundo virtual — um processo experimental que mistura preservação digital com demonstração tecnológica.
O demo, acessível pelo navegador via Copilot Labs, permite correr, pular, agachar e atirar em um nível simplificado de Quake II. No entanto, a experiência ainda está longe do polido: jogadores relatam que os controles são imprecisos, os gráficos estão embaçados e os inimigos podem desaparecer misteriosamente quando saem do campo de visão — um efeito colateral da dificuldade da IA em manter a “permanência de objetos”. A Microsoft ressalta que se trata de um protótipo de pesquisa, não de um produto finalizado.
O experimento ganha contexto após a aquisição da ZeniMax Media (controladora da id Software, criadora original do jogo) pela Microsoft. Phil Spencer, CEO de gaming da empresa, vê na IA uma ferramenta promissora para preservar títulos antigos sem depender de engines originais ou hardware obsoleto.
Por enquanto, o Quake II generativo é mais uma prova de conceito do que um jogo propriamente dito. Imperfeito e cheio de limitações, ele ainda assim oferece um vislumbre de como a IA poderá transformar não só a preservação de clássicos, mas também o futuro do desenvolvimento de games.
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