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Dono de iPhone roubado pede US$5 milhões em indenização à Apple

Tela do iCloud em um iPhone

Algumas pessoas que tiveram seus iPhones roubados estão alegando que as próprias ferramentas de segurança da Apple — destinadas a protegê-las — têm sido usadas contra elas. Isso porque alguns criminosos experientes podem bloquear o acesso dos proprietários às suas contas da Apple, dificultando a recuperação de fotos e arquivos importantes.

No final de 2023, por exemplo, a americana Robin Davis teve seu iPhone furtado pelo funcionário de uma boate onde estava, o qual conseguiu a senha do dispositivo. Além da série de compras que o ladrão fez com seus cartões de crédito salvos no aparelho, Davis nunca recuperou o acesso aos arquivos como contatos, fotos do seu casamento, dados relacionados ao trabalho e “outras informações essenciais” — associados à sua conta da Apple.

Outro usuário, Michael Mathews, está até mesmo processando a Maçã após ter seu aparelho roubado. Na ação, conforme informações do The Washington Post, ele pede o acesso a 2TB de dados que compunham “toda a sua vida digital, incluindo a de sua família”, além de pelo menos US$5 milhões em indenização.

Seu iPhone foi roubado semanas depois do de Davis, em Scottsdale (no estado americano do Arizona), onde batedores de carteira levaram seu telefone. Ele perdeu o acesso a suas fotos, músicas, declarações de imposto de renda e pesquisas relacionadas ao seu trabalho, de acordo com documentos judiciais. Sua empresa de consultoria em tecnologia teve que fechar completamente, conforme alegado no processo.

As reclamações do consumidor giram em torno da Chave Reserva, um recurso usado para redefinir a senha e recuperar a conta. Trata-se de uma chave de 28 dígitos que a Apple recomenda que os usuários guardem com segurança para uso futuro.

Embora Mathews consiga fornecer evidências substanciais e inquestionáveis ​​de que as contas e os dados em suas contas da Apple são seus, a Apple se recusa a redefinir a Chave de Recuperação ou permitir que Mathews acesse suas contas e dados. Ao fazer isso, a Apple perpetua e auxilia as atividades criminosas.

A Apple não comentou o caso judicial de Mathews, mas disse em um comunicado obtido pelo TWP que se solidariza com situações do tipo.

Nós nos solidarizamos com as pessoas que passaram por essa experiência e levamos todos os ataques aos nossos usuários muito a sério, por mais raros que sejam.

O advogado de Mathews, porém, alega que é “indefensável” a Apple reter dados que não lhe pertencem: “Essa é uma pergunta que a Apple continua se recusando a responder. Com base em que critérios você pode manter os dados dos seus usuários e não devolvê-los?”

O caso está na fase de descoberta, em que são coletadas provas antes do julgamento. Isso ainda poderá durar de seis a oito meses.

via AppleInsider

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