Papa Francisco morre aos 88 anos; entenda o quadro de saúde que se agravou
O papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), às 2h35 da manhã, pelo horário de Brasília. Ele tinha 88 anos. Jorge Mario Bergoglio comandou a Igreja Católica por 12 anos.
Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano, deixando um legado marcado pelo diálogo. O líder religioso acolheu minorias e priorizou os mais pobres.
O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino
Vaticano, em comunicado oficial

Problemas de saúde do Papa Francisco
No dia 14 de fevereiro, Francisco foi internado com um quadro de infecção respiratória grave. Foram quase 40 dias de hospitalização. O pontífice enfrentou momentos críticos e sua saúde gerou muita preocupação. ele recebeu alta no dia 23 de março.
Médicos do Vaticano já alertavam que a recuperação seria de pelo menos dois meses e que o retorno ao trabalho seria gradual. Mesmo curado da pneumonia, a situação demandava acompanhamento.
O papa vinha se recuperando. O Vaticano chegou a dizer, na semana passada, que Francisco reduziu o uso de oxigênio suplementar e que fazia fisioterapia respiratória e de fala.
A ordem cronológica:
- Francisco foi hospitalizado no dia 14 de fevereiro com bronquite.
- O quadro evoluiu para uma infecção polimicrobiana.
- O pontífice recebeu um diagnóstico de pneumonia nos dois pulmões, o que pode inflamar e cicatrizar os órgãos, dificultando a respiração.
- Francisco sofreu uma crise respiratória prolongada semelhante à asma e precisou de transfusões de sangue. O papa estava com uma baixa contagem de plaquetas, associada à anemia.
- O papa ficou hospitalizado por quase 40 dias no Hospital Gemelli e recebeu alta no dia 23 de março.
Enquanto esteve internado, Francisco apresentou pioras seguidas de melhoras.
O que é a infecção polimicrobiana que acometeu o Papa Francisco?
A infecção polimicrobiana que acometeu o Papa Francisco, é caracterizada pela presença de vários tipos de microrganismos agindo simultaneamente no organismo. Normalmente, ocorrendo como consequência de outras infecções, a infecção polimicrobiana é uma doença oportunista que depende do sistema imune debilitado do paciente para se estabelecer.
A infecção polimicrobiana pode envolver vários microrganismos, incluindo bactérias, vírus, fungos e, em casos raros, parasitas. As cepas mais comuns envolvidas em infecções respiratórias são as de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e o vírus da gripe (influenza).
Esses microrganismos podem atuar em conjunto para comprometer gravemente o sistema respiratório, especialmente em indivíduos mais vulneráveis, como idosos.
A transmissão de infecções polimicrobianas ocorre principalmente por gotículas respiratórias expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O contato com superfícies contaminadas também pode ser uma fonte de infecção. Em locais fechados e aglomerações, o risco de transmissão é significativamente maior.
No caso do Papa Francisco, a infecção polimicrobiana esteve associada a um quadro de bronquite. Infecções virais, como a gripe, podem enfraquecer o sistema respiratório e predispor a infecções bacterianas secundárias, resultando em uma infecção polimicrobiana mais complexa.

Os sintomas de uma infecção polimicrobiana respiratória podem ser graves e incluem:
- Febre;
- Tosse persistente;
- Dificuldade para respirar;
- Fadiga intensa;
- Dor no peito.
Esses sinais podem ser agravados pela interação entre os diversos agentes infecciosos. No caso do Papa Francisco, que possuia bronquite crônica, os sintomas respiratórios são mais intensos, exigindo um monitoramento cuidadoso.
Se não tratada adequadamente, a infecção polimicrobiana pode resultar em complicações sérias, como insuficiência respiratória, sepse (infecção generalizada) e dano permanente ao tecido pulmonar.
Com informações de PubMed Central (PMC).
REPORTAGEM EM ATUALIZAÇÃO
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