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Foto icônica da Galáxia do Sombrero tirada por Hubble é reprocessada em detalhes

A clássica foto da Galáxia do Sombrero, chamada oficialmente de Messier 104, tomada pelo Telescópio Hubble, foi reprocessada pela NASA e ganhou detalhes ultra nítidos em nova renderização. A recriação da fotografia, feita em comemoração aos 35 anos do telescópio espacial, ajudou cientistas a descobrir novas informações sobre o agrupamento celeste.

A cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra, na Constelação de Virgem, a Messier 104 mostrou muitas características interessantes ao Hubble em 2003. Seu ângulo em relação ao telescópio, bastante agudo, garantiu um registro do brilho de seu buraco negro central e do enorme disco gasoso que o circunda. A semelhança com os icônicos chapéus mexicanos tradicionais levou à sua nomeação como Galáxia do Sombrero.

Novos dados sobre a Galáxia do Sombrero

Em um comunicado sobre o reprocessamento da fotografia, especialistas da NASA destacam o ângulo de apenas 6º em relação ao equador da galáxia na perspectiva do Telescópio Hubble. Por conta da inclinação, não há consenso entre os astrônomos se a galáxia é espiral ou elíptica. Lembrando os anéis de Saturno, suas nuvens de poeira e gás, no entanto, são de uma escala exponencialmente maior.


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A renderização nova da icônica foto da Galáxia do Sombrero foi feita com base nos mesmos dados coletados pelo Hubble, mas conseguiu revelar mais detalhes sobre a galáxia (Imagem: NASA)
A renderização nova da icônica foto da Galáxia do Sombrero foi feita com base nos mesmos dados coletados pelo Hubble, mas conseguiu revelar mais detalhes sobre a galáxia (Imagem: NASA)

A Messier 104 é cheia de estrelas e possui um buraco negro supermassivo no centro, com cerca de nove bilhões de vezes a massa solar — isso representa cerca de 2.000 vezes mais massa do que o buraco negro central da Via Láctea. Ela é, no entanto, uma galáxia tranquila, já que astrônomos estimam que menos do que uma massa solar em gás se converta em estrelas a cada ano.

Isso quer dizer que a Sombrero não se alimenta de material interestelar, sem passar por formação intensa de estrelas.

Com a nova imagem, astrônomos conseguiram estudar as estrelas ricas em metal no halo da galáxia, indicando que a Messier 104 pode ter se fundido a uma outra galáxia massiva há bilhões de anos, criando o formato de Sombrero inesquecível que vemos hoje.

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