Discord testa escaneamento facial para verificação de idade dos usuários
O Discord é uma plataforma bem conhecida não apenas como um app de conversa e socialização entre jogadores, mas também por causa de polêmicas envolvendo seu uso para aliciamento e maus tratos de menores. É por isso que a empresa decidiu começar a testar um recurso de segurança mais radical, que rastreia o rosto do usuário para verificar sua idade.
Os testes estão sendo feitos no Reino Unido e na Austrália, alguns dos países com normas mais restritivas para proteção de menores em plataformas digitais. O Discord diz que está fazendo essa verificação apenas uma vez e que não armazena os dados em seus servidores.
Na verdade, o escaneamento facial do usuário acontece localmente no dispositivo, segundo a empresa. Assim, nenhum dado deve ser mandado pela rede, para máxima segurança e privacidade, teoricamente.
A verificação também pode ser feita por reconhecimento de documento de identidade. Esse caso, no entanto, não é feito localmente no dispositivo, mas o Discord afirma que o documento escaneado é imediatamente apagado depois da validação.
O Reino Unido recentemente busca aprovar regulamentação obrigando o uso de tecnologias de verificação de idade em plataformas digitais. A Austrália, enquanto isso, foi além e determinou que menores de 16 não podem acessar redes sociais, medida que terá efeito no final de 2025.
Verificação do Discord pode atingir mais regiões?
No momento o escaneamento facial, ou de identidade, está em fase de testes, então é difícil determinar os planos do Discord para seu futuro. Se a plataforma considerar que a tecnologia foi bem sucedida, podemos esperar que se torne padrão no Reino Unido e na Austrália, e talvez em qualquer outro país que adote regulamentação mais severa para o acesso de menores a apps sociais.
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No entanto, mesmo sem leis específicas obrigado o uso do recurso, ter o nome de seu serviço vinculado a crimes contra crianças pode ser prejudicial o suficiente para o Discord implementar tecnologias de verificação em mais regiões. Aqui no Brasil tivemos um caso bem famoso de uso indevido da plataforma que pode pesar nas decisões futuras de seus executivos.