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Pichações inusitadas são descobertas no local da última ceia de Jesus; veja

Pesquisadores encontraram uma série de pichações inéditas nas paredes do Cenáculo de Jerusalém, suposto local onde ocorreu a última ceia de Jesus Cristo. Em um estudo publicado na revista Liber Annuus, a equipe detalhou as gravuras antigas recém-descobertas – incluindo algumas bem inusitadas. 

Entenda:

  • Pesquisadores descobriram pichações inéditas nas paredes do Cenáculo de Jerusalém, onde supostamente aconteceu a última ceia de Jesus;
  • O Cenáculo era destino de vários peregrinos na Idade Média, mas foi tomado por muçulmanos em 1523 e teve suas paredes cobertas com gesso;
  • Com isso, as gravuras dos cristãos – feitas com carvão – ficaram escondidas por muitos séculos;
  • Entre as imagens descobertas, a equipe encontrou um escorpião, um bagel (pão em formato de anel) e brasões de diferentes países;
  • O local também conta com registros muçulmanos, que foram esculpidos diretamente nas paredes.
Pichações recém-descobertas incluem um desenho de escorpião. (Imagem: Shai Halevi/Israel Antiquities Authority)

O Cenáculo, localizado no topo do Monte Sião, em Israel, era um importante destino de peregrinação durante a Idade Média, fazendo, na época, parte de um mosteiro franciscano. Em 1523, porém, o local foi transformado em uma mesquita após ser tomado por muçulmanos. Gesso foi aplicado nas paredes, e as pichações acabaram escondidas por séculos. 

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Estas foram as pichações descobertas no Cenáculo de Jerusalém

Com técnicas de imagem digital, os pesquisadores descobriram 30 inscrições e nove desenhos datados entre os séculos XIV e XVI. Entre outras figuras, a equipe encontrou brasões medievais da família do cavaleiro Albert von Altbach, da Suábia, um escorpião e um bagel – aquele pãozinho em formato de anel.

Pichação de bagel (à esquerda) acima de um brasão no local da última ceia. (Imagem: Shai Halevi/Israel Antiquities Authority)

A figura do bagel estava acompanhada de uma taça de vinho e um prato de comida, representando, como sugere a equipe, uma referência à última ceia de Cristo. Brasões da Áustria e da República Tcheca e um navio também estão entre as outras pichações encontradas.

Pichações no local da última ceia revelam origens de peregrinos 

“Quando reunidas, as inscrições fornecem uma visão única sobre as origens geográficas dos peregrinos. Eram muito mais diversas do que a atual perspectiva de pesquisa, dominada pelo Ocidente, nos levava a crer”, explica Ilya Berkovich, autor do estudo, em comunicado.

A equipe ainda escreve que os muçulmanos também deixaram marcas nas paredes após a tomada do Cenáculo, esculpindo-as no gesso – ao contrário das imagens cristãs, gravadas com carvão. “Aparentemente, isso foi feito como uma declaração de propriedade, garantindo que as inscrições muçulmanas não seriam apagadas caso o edifício algum dia retornasse às mãos dos cristãos”.

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