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Essa aranha colorida pode revolucionar a engenharia

A aranha-pavão australiana é capaz de saltar longas distâncias e resistir a forças gravitacionais mais altas do que as enfrentadas por pilotos de caça. Para isso, elas se impulsionam usando uma combinação distinta de pressão hidráulica e ação muscular.

Esta capacidade sempre impressionou os cientistas. Agora, pesquisadores da Universidade Macquarie, em Sydney, na Austrália, revelaram a biomecânica por trás dos insetos. Uma descoberta que pode revolucionar a engenharia e a robótica.

Pequenas, mas saltadoras incríveis

  • A aranha-pavão australiana é tão pequena que é possível colocar cinco delas apenas na unha do polegar.
  • Os machos pesam dois miligramas, enquanto as fêmeas são seis vezes mais pesadas.
  • Mas o que realmente impressiona é o fato destes insetos serem exímios saltadores.
  • Embora estes animais tenham músculos flexores nas pernas, eles não têm os músculos necessários para a extensão das pernas e o salto de força, como acontece com os humanos.
  • Em vez disso, as aranhas usam uma estratégia incomum que é chamada de “sistema de locomoção semi-hidráulico”.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado no Journal of Experimental Biology e podem ser utilizadas agora para criar novos sistemas de movimento para robôs.
Machos e fêmeas da espécie são diferentes (Imagem: Journal of Experimental Biology)

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Aranhas têm um sistema de “propulsão” único

Os pesquisadores explicam que, antes de uma aranha pular, ela contrai os músculos de seu cefalotórax (a cabeça e o tórax fundidos destes insetos) para empurrar a hemolinfa, sua versão de sangue, para dentro de suas pernas. A hemolinfa aumenta a pressão nas pernas, fazendo com que elas se estendam rapidamente.

Quando a pressão é liberada, as pernas se movem para frente, impulsionando o animal no ar com grande força. Devido aos seus diferentes tamanhos e formas corporais, as aranhas saltadoras machos e fêmeas exibem diferentes dinâmicas de salto.

Como as aranhas saltam (Imagem: Journal of Experimental Biology)

A equipe coletou 10 aranhas machos e 12 fêmeas, analisando como ocorriam os saltos destes insetos. Os pesquisadores descobriram que o terceiro e o quarto pares de pernas “desempenharam um papel crucial” nestes movimentos.

As aranhas-pavão levantaram seus dois primeiros pares de pernas e as estenderam na frente de seus corpos. O quarto par deixou a plataforma de decolagem em seguida, seguido alguns milissegundos depois pelo terceiro par, que foram as últimas pernas a deixar o solo. Essas descobertas sugeriram que a perna três era a “perna propulsiva”.

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