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Oscar finalmente cria categoria para reconhecer o trabalho duro dos dublês e equipes de ação

Depois de mais de um século, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou uma mudança histórica: a partir do 100º Oscar, em 2028, será entregue um prêmio dedicado ao Design de Cenas de Ação e dublês, homenageando filmes lançados em 2027. Essa vitória representa o reconhecimento tardio de uma das áreas mais arriscadas e essenciais do cinema – aquela que transforma roteiros em espetáculos visuais cheios de adrenalina.

A conquista não veio fácil. Profissionais como David Leitch – ex-dublê que se tornou diretor de “Deadpool 2” e “O Homem que Caiu na Terra” – e o coordenador de cenas de ação Chris O’Hara passaram anos convencendo a Academia sobre a importância dessa categoria. “As cenas de ação são fundamentais em todos os gêneros cinematográficos, com raízes que remontam aos pioneiros como Buster Keaton, Harold Lloyd e Charlie Chaplin”, destacou Leitch em comunicado emocionado, lembrando o legado de gerações de profissionais que arriscaram seus corpos para criar momentos inesquecíveis nas telas.

O que torna essa categoria especial é seu foco no design colaborativo por trás das cenas perigosas. Diferente do prêmio do Sindicato dos Atores (que desde 2007 premia equipes de dublês), o Oscar valorizará todo o processo criativo – desde a concepção até a execução. Chad Stahelski, diretor da franquia “John Wick” e ex-dublê, explicou por que essa abordagem faz sentido: “Nosso departamento é um dos mais colaborativos. Não se trata apenas do desempenho individual, mas de como cada elemento – coreografia, coordenação, efeitos práticos – se une para contar uma história visual”.

Jeff Wolfe, presidente da Associação de Dublês, comemorou: “Esta validação histórica reconhece décadas de inovação, criatividade e trabalho duro por trás de cada queda, perseguição e explosão”. A mudança reflete uma evolução na Academia, que recentemente também criou categoria para direção de elenco e vem ampliando sua visão sobre o que constitui a arte cinematográfica.

A campanha por esse reconhecimento ganhou força com o filme “O Homem que Caiu na Terra”, estrelado por Ryan Gosling. O ator Winston Duke, durante a divulgação do longa, defendeu publicamente: “Precisamos ser aliados dessa comunidade essencial. Sem plateia e sem reconhecimento ao seu trabalho, o cinema não existiria como o conhecemos”.

Embora os critérios de votação ainda não tenham sido divulgados, uma coisa é certa: todas as vezes que você prendeu a respiração durante uma perseguição alucinante ou se surpreendeu com uma luta coreografada com perfeição, estava testemunhando a arte que agora será premiada. Os verdadeiros heróis por trás das cenas mais eletrizantes do cinema finalmente terão seu momento no palco mais importante da indústria.

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