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Guerra dos Chips: novo integrante de peso pode entrar na disputa

China e Estados Unidos disputam a hegemonia tecnológica global. Mas isso não significa que outros atores importantes estejam de olho neste cenário. Este é o caso da Índia, um dos países que mais tem avançado cientificamente nos últimos anos.

O gabinete federal indiano acaba de aprovar um plano de US$ 2,7 bilhões (mais de R$ 15 bilhões) em subsídios para a fabricação de componentes eletrônicos. Um dos principais objetivos é criar uma indústria de chips semicondutores.

Índia enxerga importantes oportunidades de mercado

A ideia da Índia é aproveitar o boom da inteligência artificial e entrar de vez neste mercado, um dos mais lucrativos da atualidade. Além disso, o país vê possíveis vantagens em função das sanções impostas pelos Estados Unidos à China.

Apesar de não ter excelentes relações com os chineses, os indianos enxergam nos vizinhos um grande mercado em potencial para seus novos chips semicondutores. Isso porque Pequim sofre com as proibições norte-americanas e busca alternativas.

Índia quer investir pesado na fabricação de chips semicondutores (Imagem: Popel Arseniy/Shutterstock)

Por outro lado, o governo indiano é um aliado importante dos EUA. Aumentar a indústria de chips doméstica pode acabar sendo importante para estreitar estes laços, além de garantir alguns acordos comerciais vantajosos.

De acordo com a Bloomberg, o plano da Índia é bastante audacioso, mas conta com um histórico positivo. Um programa semelhante para a fabricação de smartphones, chamado de plano de incentivos vinculados à produção, levou a Apple e a Samsung a exportar bilhões de dólares em celulares para a Índia.

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Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

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