Anãs marrons identificadas pela NASA colocam Júpiter no chinelo; entenda
O satélite TESS, da NASA, captou imagens de duas novas anãs marrons que são cerca de 30 vezes mais massivas que Júpiter. Os objetos recém-descobertos foram descritos por uma equipe internacional de astrônomos em artigo científico liberado no servidor de pré-impressão arXiv.
Anãs marrons são definidas como “seres intermediários”: algo entre planetas e estrelas. A TOI-4776 foi localizada a cerca de 1.206 anos-luz de distância e a TOI-5422 a uma distância de 1.134 anos-luz. Um ano-luz é igual a dez trilhões de quilômetros.
A primeira delas tem o tamanho de Júpiter, mas é cerca de 32 vezes mais massiva que o maior planeta do Sistema Solar e estimada em 5,4 bilhões de anos. A anã marrom orbita sua estrela a cada 10,41 dias e tem, como hospedeiro, uma estrela do tipo F, ligeiramente maior e mais massiva que o Sol.

Já a anã marrom TOI-5422 b se tornou uma das mais antigas anãs marrons em trânsito descobertas até agora, com cerca de 8,2 bilhões de anos. O período orbital é de 5,37 dias, com tamanho equivalente a 27,7 massas de Júpiter. Sua hospedeira é uma estrela subgigante com raio de 1,48 raios solares e massa de 1,05 massas solares.
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Projeto TESS, da NASA
- Lançado em abril de 2018, o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) tem como missão descobrir exoplanetas, além de monitorar objetos que mudam de brilho, asteroides próximos a estrelas pulsantes e galáxias distantes contendo supernovas;
- Recentemente, o satélite captou imagens do planeta mais jovem descoberto até agora usando o método dominante de detecção de planetas;
- Batizado de IRAS 04125+2902 b, ele é considerado um “bebê”: tem apenas três milhões de anos;
- O planeta foi encontrado na Nuvem Molecular de Touro, berçário estelar ativo com centenas de estrelas recém-nascidas a cerca de 430 anos-luz de distância, segundo a NASA.
Nos últimos anos, a missão TESS também descobriu fenômenos cósmicos, incluindo buracos negros destruidores de estrelas e oscilações estelares. O equipamento é operado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge (Inglaterra).

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