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Como seria a Antártida sem gelo? Este novo mapa tem a resposta

Você já se perguntou como seria a Antártida sem suas inconfundíveis camadas de gelo e neve? Graças a uma equipe de pesquisadores do British Antarctic Survey (o BAS, instituto de pesquisas polares do Reino Unido), foi criado um novo mapa que nos permite visualizar esse cenário em detalhes.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um novo mapa da Antártida sem suas camadas de gelo e neve;
  • Desde 2001, a equipe já criou outros dois modelos, mas o mapa recente é o mais detalhado;
  • Chamada de Bedmap3, a novidade reúne 60 anos de dados combinados a modelos de computador sofisticados;
  • O novo mapa deve apoiar estudos sobre como o gelo da Antártida reage ao aquecimento global.

Os cientistas do BAS usaram o equivalente a seis décadas de dados coletados com satélites, navios, aeronaves e até mesmo trenós puxados por cães. As leituras foram então combinadas a modelos de computador sofisticados, gerando o chamado Bedmap3. 

Mapa Bedmap3 mostra o que está por baixo das camadas de gelo e neve da Antártida. (Imagem: Pritchard, H. et al.; Scientific Data)

Não foi o primeiro mapa desse tipo criado pela equipe da BAS: desde 2001, os pesquisadores já criaram outros dois modelos – mas o novo é o mais rico em detalhes até então. 

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Mapa da Antártida sem gelo pode apoiar pesquisas climáticas

O Bedmap3 cobre desde as montanhas mais altas aos cânions mais profundos da Antártida, com usos que vão muito além da cartografia. Como aponta a equipe em um estudo publicado na Scientific Data, o novo mapa também pode revelar detalhes sobre a mecânica da Antártida – incluindo o impacto de rios de água quente no gelo.

Pedaço de geleira despencando no mar por conta das mudanças climáticas
Novo mapa deve apoiar estudos sobre o impacto do aquecimento global no gelo da Antártida. (Imagem: Steve Allen/Shutterstock)

“Esta é a informação fundamental que sustenta os modelos de computador que usamos para investigar como o gelo fluirá pelo continente conforme as temperaturas sobem. Imagine despejar xarope sobre um bolo de rocha – todos os caroços, todas as saliências, determinarão para onde o xarope irá e quão rápido”, diz Hamish Pritchard, autor principal do estudo. “E assim é com a Antártida: algumas cristas vão segurar o gelo fluindo; as cavidades e os pedaços lisos são onde esse gelo pode acelerar.”

O Bedmap3 deve ajudar a Ciência a compreender como a Antártida responde ao aquecimento global. “O que o Bedmap3 está nos mostrando é que temos uma Antártida um pouco mais vulnerável do que pensávamos anteriormente”, completa Peter Fretwell, coautor da pesquisa.

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