Julgamento de ex-executivos da Ubisoft começa na França
Começou esta semana o julgamento de três ex-executivos de alto escalão da Ubisoft acusados de usar suas posições privilegiadas para cometer atos de assédio. Serge Hascoet, ex-braço direito do CEO Yves Guillemot, além de Tommy Francois e Guillaume Patrux, se apresentaram a um tribunal francês para prestar depoimentos.
Francois era conhecido como o vice-presidente editorial e de serviços criativos da empresa, enquanto Patrux ocupava o cargo de game designer e diretor. Os três foram afastados pela companhia após o surgimento de relatos de que eles usaram seus cargos para abusar sexualmente de funcionários, cometer abusos psicológicos e promover um ambiente de trabalho tóxico.
Ao tribunal francês, todos os três negaram que participaram de atividades humilhantes durante o tempo em que trabalharam para a Ubisoft. Segundo o site France24, Hascoet foi acusado de realizar comentários racistas contra uma funcionária muçulmana — que também teve seu papel de parede mudado para a imagem de um bacon e vários tipos de alimentos deixados em sua mesa durante o mês do Ramadan.
Executivos colaboraram para piorar o ambiente da Ubisoft
Já Francois é acusado de usar seus dispositivos de trabalho para assistir a filmes pornográficos, situação que se torna mais constrangedora quando se considera que a Ubisoft usava um escritório com ambientes abertos. Ele também beijava colegas de forma não consentida e costumava fazer comentários depreciativos em relação à aparência de mulheres.
Ele também é acusado de ter tentado abusar sexualmente de uma funcionária jovem durante uma festa celebrando o Natal. Para completar, em pelo menos uma ocasião ele obrigou uma de suas subalternas a ficar de ponta-cabeça em um momento no qual ela estava usando uma saia como opção de vestimenta.
Patrux, que também está sob julgamento, é acusado de praticar abusos psicológicos contra as equipes que trabalhavam para ele. O tribunal francês vai retomar os procedimentos legais no dia 2 de junho deste ano, em meio a reclamações dos advogados de defesa de que eles não tiveram tempo suficiente para estudar os documentos relacionados ao caso.
Fonte: Eurogamer
