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FBI divulga ação internacional contra corretora de criptomoedas e congela fundos

Fachada de prédio do FBI criptomoedas bitcoin

O serviço federal de investigação dos EUA, o FBI divulgou uma ação internacional contra a corretora de criptomoedas Garantex.

De acordo com investigações das autoridades norte-americanas, a corretora operou de 2019 até o ano de 2025. Em meio as suas operações, há suspeitas de lavagem de dinheiro para criminosos e até terroristas.

A investigação apura que a corretora processou quase 100 bilhões de dólares em transações desde o seu início, mas não divulgou quanto deste valor pode ter envolvimento com crimes financeiros.

Corretora de criptomoedas Garantex entra na mira do FBI, donos russos

A ação coordenada contra a Garantex ocorreu nos últimos dias, contando com apoio das autoridades da Alemanha, Estônia, Finlândia e Holanda.

Os países europeus ajudaram o FBI a derrubar o site da corretora de criptomoedas, que já está indisponível para investidores.

Como parte das ações coordenadas, as autoridades policiais alemãs e finlandesas apreenderam servidores que hospedavam as operações da Garantex.

Assim, as autoridades policiais dos EUA obtiveram separadamente cópias anteriores dos servidores da Garantex, incluindo bancos de dados de clientes e contábeis.

Além disso, as autoridades policiais dos EUA também congelaram mais de US$ 26 milhões em fundos usados ​​para facilitar as atividades de lavagem de dinheiro da Garantex.

Os fundadores Aleksej Besciokov, 46, cidadão lituano e residente russo, e Aleksandr Mira Serda (anteriormente Aleksandr Ntifo-Siaw), 40, cidadão russo e residente nos Emirados Árabes Unidos, são acusados formalmente no tribunal dos EUA.

Corretora sancionada por crimes remodelou negócios e seguiu operando normalmente, mas agora teve domínios apreendidos

A Garantex movimentou centenas de milhões de dólares em receitas criminosas, sendo utilizada para facilitar crimes como hacking, ransomware, terrorismo e tráfico de drogas. Muitas dessas atividades tiveram um impacto significativo em vítimas nos Estados Unidos.

Segundo as acusações, Besciokov e Mira Serda estavam cientes da lavagem de dinheiro realizada por meio da plataforma e tomaram medidas para ocultar as transações ilícitas.

Quando autoridades russas solicitaram registros de uma conta vinculada a Mira Serda, a Garantex forneceu informações incompletas e alegou, de forma falsa, que a conta não havia sido verificada.

No entanto, a empresa já havia associado a conta aos documentos de identificação de Mira Serda, ao mesmo tempo em que colaborava com a polícia russa ao divulgar dados de outras contas.

Em abril de 2022, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos EUA, sancionou a Garantex por facilitar a lavagem de dinheiro de agentes de ransomware e mercados da darknet.

Mesmo após as sanções e com pleno conhecimento de sua existência, Besciokov e seus parceiros continuaram operando nos EUA, redesenhando as operações da empresa para burlar as restrições. A estratégia incluía alterar diariamente os endereços de suas carteiras de criptomoedas, dificultando a detecção e o bloqueio de transações por exchanges americanas.

Apesar de operar como uma empresa de transmissão de dinheiro e movimentar grandes volumes nos EUA, a Garantex nunca se registrou na Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN), como exigido pela legislação.

No dia 6 de março, a polícia americana executou uma ordem judicial para apreender três domínios utilizados pela Garantex: Garantex.org, Garantex.io e Garantex.academy. Esses sites estavam diretamente ligados às operações da empresa e sua remoção impede que continuem sendo usados para lavagem de dinheiro e outras atividades criminosas. Visitantes que tentarem acessar esses sites agora encontrarão uma mensagem informando que foram apreendidos pelas autoridades.

Fonte: FBI divulga ação internacional contra corretora de criptomoedas e congela fundos

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