Cientistas assistem cérebro durante sono e conseguem prever declínio cognitivo
Pesquisadores do Mass General Brigham desenvolveram uma tecnologia capaz de analisar ondas cerebrais durante o sono e prever o risco de declínio cognitivo. As informações foram publicadas na última terça-feira (4).
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A ferramenta utiliza eletroencefalografia (EEG), uma técnica que monitora a atividade elétrica cerebral por meio de sensores no couro cabeludo.
Com essa abordagem, os cientistas conseguiram identificar padrões sutis de alterações cerebrais que podem indicar o desenvolvimento futuro de demência.
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O estudo, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, foi conduzido com um grupo de mulheres acima de 65 anos que foram acompanhadas por um período de cinco anos.
Alterações nas ondas cerebrais
A análise dos dados revelou que as participantes que desenvolveram comprometimento cognitivo apresentavam alterações nas ondas cerebrais, principalmente em frequências da banda gama durante o sono profundo.
A IA demonstrou uma taxa de precisão impressionante de 77%, conseguindo identificar 85% dos indivíduos que posteriormente desenvolveram sinais de declínio cognitivo.

A ciência tem demonstrado cada vez mais a conexão entre a qualidade do sono e o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Relação entre sono e declínio cognitivo
Isso porque o sono profundo desempenha um papel essencial na consolidação da memória e na remoção de toxinas cerebrais, incluindo a beta-amiloide, uma proteína associada à doença de Alzheimer.
Quando ocorrem alterações nos padrões das ondas cerebrais, como demonstrado no estudo, o cérebro pode perder sua capacidade de realizar essas funções fundamentais, aumentando o risco de comprometimento cognitivo.
Com isso, a descoberta da IA aplicada ao EEG abre caminho para um futuro em que dispositivos vestíveis possam monitorar a saúde cerebral de forma acessível e não invasiva. A estimulação elétrica cerebral pode ser uma opção terapêutica para reduzir os riscos de declínio cognitivo e demência.
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