Como surgem os vírus e bactérias? Entenda a origem desses microrganismos
Atualmente, frequentemente vemos notícias sobre surtos de doenças causadas por vírus e bactérias, desde gripes sazonais até infecções mais graves. Esses micróbios estão por toda parte, invisíveis a olho nu, mas com um impacto significativo na vida humana.
No entanto, uma dúvida comum é: de onde eles vêm? Como nascem os vírus e bactérias? Afinal, esses organismos microscópicos parecem surgir “do nada”, espalhando-se rapidamente e causando doenças.
Como nascem os vírus e bactérias?
A verdade é que vírus e bactérias estão presentes na Terra há bilhões de anos e possuem mecanismos próprios para se replicar e sobreviver. Embora as bactérias sejam organismos vivos capazes de se reproduzir de forma independente, os vírus dependem completamente de um hospedeiro para se multiplicar. Mas, onde exatamente esses micróbios se formam, como eles permanecem vivos e qual é a origem desses agentes infecciosos que constantemente ameaçam a saúde humana?
A origem das bactérias

As bactérias são organismos unicelulares microscópicos que surgiram há cerca de 3,5 bilhões de anos, sendo algumas das primeiras formas de vida na Terra. Elas podem se reproduzir sozinhas, principalmente por fissão binária, um processo no qual uma única célula se divide em duas idênticas. Esse crescimento exponencial permite que colônias de bactérias se multipliquem rapidamente em ambientes adequados.
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Elas estão em praticamente todos os lugares: no solo, na água, no ar, dentro do corpo humano e até em condições extremas, como vulcões e geleiras. Muitas bactérias vivem decompostas em matéria orgânica, outras obtêm energia através da luz solar (fotossíntese) ou compostos químicos (quimiossíntese).
Algumas são benéficas, ajudando na digestão e no funcionamento do ecossistema, enquanto outras são patogênicas e causam doenças.
Quando fora de um hospedeiro, as bactérias podem sobreviver por horas, dias ou até séculos, dependendo das condições ambientais. Algumas, como as do gênero Bacillus, formam esporos, que são estruturas resistentes que permitem que elas fiquem “adormecidas” por longos períodos até encontrarem condições favoráveis para se reativar.
E os vírus?
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Diferente das bactérias, os vírus não são considerados organismos vivos, pois não conseguem se replicar sozinhos. Eles são basicamente partículas de material genético (DNA ou RNA) envoltas em uma cápsula de proteínas. Para “nascer”, um vírus precisa invadir uma célula hospedeira, sequestrar seu maquinário biológico e forçá-la a produzir novas cópias do vírus.
Os vírus podem permanecer em superfícies por períodos variáveis:
- Minutos a horas: em tecidos e plásticos.
- Dias a semanas: em metais e superfícies não porosas.
- Anos ou até milênios: quando congelados ou preservados em camadas de gelo e permafrost.
Se um vírus está fora de um hospedeiro, ele não “anda” ou se movimenta sozinho, mas pode ser transportado pelo ar, água, animais, objetos e até mesmo por partículas de poeira. Ele pode ficar inativo por longos períodos, esperando o momento certo para encontrar uma célula adequada e reativar seu ciclo.
Como é medida a idade desses micróbios?
Quando se fala que um vírus tem 60 anos, isso não significa que um único vírus permaneceu vivo esse tempo todo. O que acontece é que ele foi identificado e começou a ser estudado há 60 anos, mas sua linhagem pode ser muito mais antiga.
A idade de vírus e bactérias pode ser medida por diferentes métodos:
- Registro genético: cientistas analisam o material genético dos micróbios e comparam suas mutações ao longo do tempo para estimar há quanto tempo eles existem.
- Análises de fósseis microscópicos: algumas bactérias fossilizadas ajudam a entender há quanto tempo certos microrganismos estão presentes na Terra.
- Sequenciamento de DNA e RNA: comparando vírus antigos com seus descendentes modernos, pesquisadores conseguem traçar uma linha evolutiva e estimar sua idade.
- Análises de permafrost e gelo: vírus e bactérias podem ficar preservados por milhares de anos em ambientes congelados, permitindo que cientistas descubram organismos extintos que podem ser “revividos” em laboratório.
Com informações de Live Science.
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