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Erupção do Vesúvio transformou cérebro de homem em vidro

Durante a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., o cérebro de um jovem acabou sendo transformado em vidro! Seus restos mortais foram descobertos em 2020, e, ao analisá-los mais de perto, pesquisadores descobriram uma substância preta e vítrea – que se acredita ser tecido cerebral fossilizado – dentro do crânio da vítima.

Entenda:

  • O cérebro de um jovem foi transformado em vidro durante a explosão do Monte Vesúvio;
  • Os restos mortais da vítima foram descobertos em 2020, e análises indicaram um material preta e vítreo na medula e no interior do crânio;
  • A hipótese é de que a nuvem de cinzas extremamente quente – que foi liberada pela erupção, mas se dissipou com rapidez – teria feito com que o cérebro virasse vidro;
  • Outras análises indicaram a preservação de neurônios e proteínas no cérebro da vítima.
Restos mortais de vítima do Vesúvio revelaram cérebro de vidro. (Imagem: Pier Paolo Petrone/Scientific Reports)

Em um artigo publicado na Scientific Reports, os autores analisaram o vidro encontrado na medula e dentro do crânio do rapaz, e o atribuíram ao aquecimento dos tecidos corporais a temperaturas muito elevadas – superiores a 510 °C -, seguido de seu rápido resfriamento.

O problema, como explica a equipe, é que os compostos expelidos pelo Vesúvio não atingiram mais de 465 °C. Além disso, eles não teriam resfriado na velocidade necessária para o processo de vitrificação. Então, como o cérebro do garoto virou vidro?

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Nuvem de cinzas do Vesúvio fez cérebro virar vidro

A equipe atribuiu a formação do cérebro de vidro à nuvem de cinzas extremamente quente formada pela erupção. Ela teria se dissipado rapidamente, criando as condições para que a vitrificação acontecesse – e, como o cérebro foi protegido pelo crânio e pela coluna do rapaz, uma “ruptura térmica completa” foi evitada, com apenas alguns fragmentos se formando.

Nuvem de cinzas do Vesúvio transformou cérebro de jovem em vidro. (Imagem: Pier Paolo Petrone/Scientific Reports)

“A nuvem de cinzas basicamente matou as pessoas instantaneamente, porque elas foram engolfadas por uma nuvem que provavelmente estava em torno de 510, talvez 600 °C”, disse Guido Giordano, principal autor do estudo, à CNN.

Ainda que a hipótese seja contestada por outros profissionais do ramo, Giordano acredita que o vidro seja, sem dúvidas, de origem orgânica, e ainda destaca que análises prévias apontaram a preservação de neurônios e proteínas no cérebro da vítima.

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