Criminosos geram imagens de abuso infantil com IA; 25 são presos
Uma megaoperação contra exploração sexual infantil realizada em escala global terminou com a prisão de 25 pessoas ligadas a uma organização criminosa que distribuía imagens de menores totalmente geradas por IA.
A maioria das detenções foi realizada simultaneamente na última terça-feira (26) durante a Operação Cumberland, liderada pela polícia dinamarquesa. Novas prisões são esperadas nas próximas semanas, pois a operação ainda está em andamento, segundo a Europol.
Até o momento, as autoridades identificaram 273 suspeitos e apreenderam 173 aparelhos eletrônicos durante operações de buscas realizadas em 33 endereços de investigados.
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O principal suspeito, um cidadão dinamarquês que foi preso em novembro de 2024, administrava uma plataforma online para distribuir o material. Após um pagamento simbólico online, usuários de todo o mundo conseguiram obter uma senha para acessar a plataforma e assistir crianças sendo abusadas.
Apesar de não retratar vítimas reais, o material criminoso “contribui para a objetificação e sexualização de crianças” e é usado como ferramenta de extorsão sexual, segundo os investigadores.
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Uma longa batalha
A Europol considera a exploração sexual infantil online uma das “manifestações mais ameaçadoras do crime cibernético na União Europeia”. O volume de conteúdo ilegal tem sido cada vez maior, segundo a entidade.
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“À medida que o volume aumenta, torna-se progressivamente mais desafiador identificar os infratores ou as vítimas. A polícia precisará desenvolver novos métodos e ferramentas investigativas para lidar com esses desafios”, disse a diretora-executiva da Europol, Catherine De Bolle.
Nos próximos dias, a entidade vai lançar uma iniciativa focada no ambiente digital destacando as consequências do uso de IA para fins ilegais e mirando em potenciais infratores.
“A campanha usará mensagens online para alcançar compradores de conteúdo ilegal, bem como outros métodos, como knock-and-talk (método policial de interrogatório presencial), mensagens de mídia social e cartas de advertência”, diz o comunicado.
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