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Chips quânticos que confundem até IA serão fabricados em massa

A empresa estadunidense de computação quântica PsiQuantum revelou, nesta quarta-feira (26), método que possibilita a fabricação de chips quânticos em massa. Esse tipo de tecnologia pode resolver problemas complexos mais rapidamente do que computadores tradicionais — confundindo, até mesmo, modelos elaborados de inteligência artificial (IA).

Os cientistas vêm estudando, há anos, a aplicação de conceitos de fotônica, usada na produção de semicondutores, no desenvolvimento de materiais quânticos. O resultado foi o chipset Omega, criado para fins comerciais após passar por testes em laboratório da GlobalFoundries, em Nova York (EUA).

O chipset contém todos os componentes avançados necessários para construir computadores quânticos em escala de milhões de qubits e cumprir a promessa de mudança profunda do mundo dessa tecnologia”, diz o comunicado da empresa.

Empresa criou novo sistema de resfriamento para computador quântico (Imagem: Divulgação/PsiQuantum)

A PsiQuantum iniciará a produção em massa dos chips ainda este ano nos chamados Quantum Compute Centers construídos em Brisbane (Austrália), e Chicago (EUA). As fábricas têm o mesmo tamanho de um data center.

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Como funciona a tecnologia dos chips quânticos?

  • O método é baseado no uso de fótons únicos — partículas de luz — que são, então, manipuladas usando tecnologia de chip fotônico de silício desenvolvida, originalmente, para aplicações de rede de telecomunicações e data center;
  • Para aplicações quânticas, a empresa teve que introduzir um material supercondutor usado para detecção de fóton único altamente eficiente e Titanato de Bário (BTO, na sigla em inglês), material avançado para computação óptica de alta velocidade e baixa perda;
  • Na prática, a instalação usa fótons como bits quânticos ou qubits que codificam informações, em vez de átomos, íons ou pequenos circuitos de metal supercondutor, como explica este artigo da revista Science;
  • Além disso, a empresa criou sistema de resfriamento totalmente novo e específico para computadores quânticos, que elimina a necessidade de refrigerador de diluição, tornando o design mais simples e menos trabalhoso de ser fabricado.

Agora, a PsiQuantum trabalha para conectar os chips em sistemas cada vez maiores, os chamados racks, em parceria com o Departamento de Energia do Acelerador Linear de Stanford em Palo Alto, na Califórnia (EUA).

Tecnologia quântica pode resolver problemas complexos mais rapidamente (Imagem: Divulgação/PsiQuantum)

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