4 curiosidades sobre Golfo do México — ou Golfo da América
Parte do Oceano Atlântico e sua maior bacia hidrográfica, o Golfo do México é uma região bastante importante, circulada pela América do Norte em sua maior parte, mas também se estendendo para a América Central. Considerado a “Terceira Costa” dos Estados Unidos, contrastando com as costas do Pacífico e Atlântico, o local entrou, recentemente, em polêmicas acerca de seu nome.
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Abrigando diversas plataformas de petróleo e muita atividade pesquisa, o Golfo do México também é importante meteorologicamente, já que a umidade do local é fundamental para o desenvolvimento de tornados e furacões. Nesta matéria, vamos mergulhar em quatro curiosidades sobre o tão falado golfo — que, de acordo com a história, já teve muitos nomes.
Afinal, qual o nome do Golfo?
Começando com a polêmica principal, vamos dar nome aos bois. Não há protocolo formal para a nomeação de águas internacionais, então cada país pode dar o nome que bem entender aos locais em seus mapas, mas o consenso mundial até este ano é que a região se chame Golfo do México. Mas nem sempre foi assim.
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Em janeiro de 2025, a administração estadunidense renomeou o Golfo do México como Golfo dos Estados Unidos — ou da América, no original (Imagem: U.S. Department of the Interior/Domínio Público)
Como primeiros exploradores do norte do continente, os espanhóis deram diversos nomes à característica geográfica, como Golfo da Flórida, Golfo de Cortés, Mar de Yucatán e Golfo da Nova Espanha. O primeiro nome, no entanto, foi o que pegou: Golfo do México, que na verdade, veio antes do próprio nome do país!
A palavra “México” deriva dos mexicas, que era o nome que os próprios astecas davam a si mesmos. Foram os espanhóis que acabaram usando o termo para a região. Em janeiro de 2025, o governo americano emitiu uma ordem executiva para renomear o local como “Golfo da América” ou Golfo dos Estados Unidos, em português, algo que diversos aplicativos de mapeamento acataram, como Google Maps e Apple Maps.
Lar de furacões
A temperatura do mar, junto à umidade e outras características meteorológicas e oceanográficas, torna a região do golfo mexicano perfeita para a formação de furacões. Para os moradores da costa, há até mesmo a chamada “temporada de furacões”, demarcada entre 1º de junho e 30 de novembro anualmente.
Tempestades de diversas intensidades atingem o golfo costumeiramente durante esse período, sendo que algumas delas se tornam tão perigosas que recebem nomes, como o recente Furacão Milton, de 2024, e o famoso Katrina, em 2005.
O Furacão Katrina foi um dos mais destrutivos que nasceu no Golfo do México, onde as tempestades de grande velocidade são comuns dadas as condições meteorológicas (Imagem: NASA/Wikimedia Commons/Domínio público)
Nos Estados Unidos, há inclusive o que se chama de “Tornado Alley”, Alameda dos Tornados, em tradução livre, formada pelos estados mais atingidos pelo fenômeno meteorológico.
Um golfo velho, mas novo
Segundo geólogos, o Golfo do México é bastante novo — em termos geológicos, é claro —, tendo se formado há pelo menos 300 milhões de anos, durante o Período Permiano. Antes disso, a região era formada por terra seca, no supercontinente da Pangeia. Fendas nas partes mais fracas das placas tectônicas locais foram se alargando, até que o Oceano Atlântico invadiu e alagou a terra.
O maior golfo do mundo
Embora medições precisas sejam difíceis de se fazer em massas de terra e mar tão grandes, muitos geólogos consideram o Golfo do México como sendo o maior golfo do mundo, com cerca de 1,6 milhões de km². O volume de água na bacia hidrográfica é de aproximadamente 2,4 milhões de km³, e seu local mais fundo chega a 4.300 metros de profundidade, com uma média de 1615 metros.
Mapa batimétrico do Golfo do México, considerado o maior do mundo, mostrando como é o seu leito marinho (Imagem: NOAA/Domínio Público)
Nos Estados Unidos, a costa exposta ao Golfo do México (ou Golfo da América por lá) inclui os estados do Alabama, Flórida, Louisiana, Mississippi e Texas; no México, os estados contemplados são Campeche, Tabasco, Tamaulipas, Veracruz e Yucatán, e em Cuba, Pinar del Rio e Artemisa.
A ilha cubana forma uma espécie de limite sul do golfo, já que ele acaba no Estreito da Flórida, entre Cuba e Estados Unidos, e Canal de Yucatán, entre o México e a ilha. Os três países compartilham fronteiras marítimas no golfo de acordo com acordos internacionais pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar — 829 mil m² são mexicanos, enquanto 662 mil m² são americanos.
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