Senhoras e senhores, o impossível aconteceu!

A Konami, aquela mesma que passou anos transformando Metal Gear em pachinko e jogo mobile, finalmente tomou vergonha na cara e está trazendo de volta um dos maiores clássicos dos games: Metal Gear Solid 3: Snake Eater, agora rebatizado com um triângulo misterioso no nome.

Será que isso é um Delta? Um aviso sobre mudança? Ou só mais uma tentativa de parecer cool no marketing? Só Kojima saberia responder, mas como ele não tá aqui pra dar pitaco, seguimos com as novidades.

“Snake? Snake? Snaaaaaake!” Mas agora em gloriosos gráficos de última geração e com pré-venda cheia de tranqueiras!

O jogo chega oficialmente no dia 28 de agosto para PlayStation 5, Xbox Series X|S e Steam, e as pré-vendas digitais já estão abertas, porque claro, a Konami não ia perder a oportunidade de arrancar dinheiro da nossa nostalgia antes mesmo do jogo sair. E o melhor: junto com esse anúncio veio um trailer recheado de fan service, apresentando a infame Unidade Cobra e o retorno glorioso de SNAKE VS MONKEY. Sim, aquele minigame maravilhoso que nos deu Snake caçando macaquinhos do Ape Escape está de volta, pelo menos nas versões de PlayStation e PC. Xbox? Fica na vontade.

Agora, antes de vocês saírem correndo pra jogar dinheiro na tela, vamos analisar direitinho o que vem nessa bagaça e se vale a pena entrar nessa hype desenfreada.

“Remake fiel” ou desculpa pra não mudar nada?

A Konami já deixou bem claro que esse remake vai ser “fiel” ao original. O que isso significa? Nada de alterações na história, nada de mudanças na dublagem, nada de interferência no roteiro. Em resumo, os mesmos diálogos que você já ouviu em 2004, só que agora com gráficos de última geração e um som mais imersivo. Ou seja, estamos falando de um upgrade visual e mecânico, sem a menor chance de alguém reclamar que mudaram a essência da obra-prima do Kojimão.

Se isso é bom ou ruim, vai depender de como a Konami vai tratar a jogabilidade. Porque sejamos sinceros: MGS3 envelheceu bem, mas ainda tem controles mais duros que um rifle enferrujado no meio da floresta russa.

Segundo a Konami, o remake virá com “recursos expandidos de combate e sobrevivência”, o que pode ser uma forma sutil de dizer “não se preocupem, agora dá pra mirar sem precisar fazer um curso de engenharia mecânica.” Vamos torcer pra que seja isso.

O que vem na caixa (e não é a de papelão do Snake)

Se tem algo que a Konami sabe fazer além de lançar pachinko, é enfiar um monte de tralha nas edições especiais pra justificar um preço absurdo. E olha só que beleza: METAL GEAR SOLID Δ: SNAKE EATER terá duas edições digitais e duas físicas, cada uma com mais firulas do que a anterior.

Edições Digitais

Edição padrão: O jogo e só. Simples e direto, sem frescura.
Digital Deluxe Edition:
Sneaking DLC Pack – Um pacotão com vários uniformes e equipamentos, pra você bancar o cosplay de crocodilo enquanto se esgueira na lama.
48 horas de acesso antecipado – Porque pagar pra jogar antes dos outros virou moda e ninguém mais questiona.
Um bônus de pré-venda com o lendário White Tuxedo – Quer se sentir o James Bond da selva? Agora pode.

Edições Físicas

Tactical Edition (Day 1 Edition) – Traz o jogo e os bônus do Sneaking DLC Pack.

Collector’s Edition – E aqui entra o delírio capitalista:
Mini terrário recriando a icônica cena de abertura da Virtuous Mission. Sim, você vai pagar por um pedaço de plástico bonito.
Um crachá falso de cientista usado pelo Snake pra se infiltrar. Agora você também pode parecer um agente secreto – ou só um estagiário do laboratório da faculdade.
Patch bordado da FOX UNIT – Porque você merece ostentar na jaqueta que nunca usa.
Patch de borracha do salto HALO – Pra quem quer gritar “GERONIMOOOOO” enquanto fixa isso na mochila.
Steelbook com arte retrô inspirada no original. Esse sim é maneiro.

Expectativas vs. Medo Real

A gente tem que ser realista: a Konami não é a mesma de 2004. Desde que o Kojima saiu chutando a porta, a empresa só pisou na bola com a franquia. Tivemos Metal Gear Survive, um jogo que transformou a série num tower defense com zumbis (sim, isso aconteceu MESMO), e várias tentativas de monetização duvidosas.

Dito isso, MGS3 é um clássico atemporal e é difícil errar se eles realmente só fizerem um remake gráfico sem inventar moda. A maior preocupação da comunidade é se a Konami vai conseguir modernizar os controles sem mexer no equilíbrio do jogo, e se os gráficos realmente estarão no nível esperado ou se vamos acabar com um remake de PS3 rodando a 30fps.

Outro ponto é a engine usada. O remake está sendo feito na Unreal Engine 5, diferente do motor proprietário da Konami, o FOX Engine. Isso pode ser um bom sinal, já que a Unreal tem suporte mais amplo e pode trazer gráficos absurdos se usada corretamente. Mas também pode significar um jogo meio travado ou com otimização duvidosa. Vamos torcer pelo melhor.

Vale a pena a pré-venda?

Se você já jogou MGS3 umas 30 vezes, sabe todas as falas de cor e quer revisitar essa obra-prima com gráficos novos, vale a pena sim. Só tome cuidado com a Digital Deluxe Edition e as promessas de “acesso antecipado” – a não ser que você faça questão de jogar dois dias antes, não tem necessidade de pagar a mais.

Agora, se você é novato na franquia e tá conhecendo a série agora, MGS3 é um excelente ponto de entrada. Mas talvez seja mais negócio esperar pra ver como o jogo vai rodar na prática antes de mergulhar de cabeça.

Se for ruim, pelo menos a gente pode jogar Snake vs Monkey

Metal Gear Solid Δ: Snake Eater chega no dia 28 de agosto e tem tudo pra ser um dos grandes remakes do ano – se a Konami não meter os pés pelas mãos. O jogo já provou que tem potencial pra reviver a nostalgia, mas falta ver se o gameplay vai corresponder às expectativas e se os gráficos vão fazer jus ao legado da série.

Se tudo der certo, vamos poder reviver um dos maiores jogos de todos os tempos da melhor forma possível. Se der errado, pelo menos dá pra rir vestindo o uniforme de crocodilo e jogando Snake vs Monkey.

Afinal, o importante é se esgueirar com estilo – e torcer pra Konami não afundar mais uma franquia.

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