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Jogamos: 33 Immortals diverte, mas precisa de algo a mais

O 33 Immortals é um jogo roguelike que traz uma proposta diferente ao querer juntar 33 jogadores em uma partida para que, no papel de uma alma condenada, eles se rebelem contra o seu julgamento final.

A convite da Thunder Lotus, o Flow Games jogou a prévia de 33 Immortals com Stephan Logier, diretor criativo do jogo, e conta o que achou dessa experiência. Confira!

33 Immortals traz bagunça divertida

Ao começar a aventura em 33 Immortals, o jogo apresenta o Bosque Sombrio, um tipo de saguão em que podemos investir em melhorias, selecionar a nossa classe, verificar missões e descansar um pouco.

A princípio, a primeira impressão que tive foi de muita informação sendo apresentada ao mesmo tempo de uma forma confusa, mas após algumas partidas fui me habituando a esse saguão e demais mecânicas. Uma vez que os preparativos estão feitos, lembrando que podemos trocar de classe a qualquer momento, logo somos convidados para entrar no Inferno, que é onde começa a ação pra valer.

Imagem: reprodução

No Inferno, o 33 Immortals nos coloca com outros 33 jogadores já no meio de inimigos prontos para nos aniquilar. O jogo não explica muito bem como a sua mecânica funciona, mas basicamente precisamos eliminar inimigos para que possamos gastar em upgrades simples, que podem aumentar nosso poder de ataque ou vida, ou até em itens, como chaves e teletransporte.

No Inferno, para podemos prosseguir, nós precisamos entrar nas Câmaras de Tortura, um tipo de dungeon pequena, em que enfrentamos inimigos muito mais fortes que o comum. De forma resumida, o Inferno é apenas um local para grindarmos e deixarmos nosso personagem forte para essas batalhas.

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Uma vez que passamos do Inferno, o Purgatório também é liberado, com um acesso mais limitado por conta de chaves, mas que tem a mesma proposta de reunir inimigos para derrotarmos e ficarmos cada vez mais fortes.

Após finalizarmos uma série de batalhas, coletarmos nossas recompensas e estarmos com um personagem mais forte, aí é que vem uma grande, ou duas na verdade, batalhas para conseguirmos ascender e nos rebelar contra o juízo final enfrentando um chefe bem forte. A batalha até chega ser divertida ao unir todos os jogadores, mas não chega a ser muito difícil.

Imagem: reprodução

A proposta do 33 Immortals é interessante, mas possui lá as suas falhas. As partidas levam em torno de 40 minutos para serem realizados, um tempo agradável, mas parece que o conteúdo é escasso.

Além de de o jogo não ser muito claro com que precisamos fazer, o seu grind se torna repetitivo rapidamente. Outro ponto negativo é que as Câmaras de Tortura só permitem que seis jogadores entrem por vez, o que nos faz, em muitas ocasiões, ter que procurar outra câmara, lembrando que 33 jogadores estão no mesmo Inferno.

Em minha experiência, as primeiras partidas não foram lá tão divertidas por estar sozinho e, aparentemente, com mais pessoas sem saber o que fazer ou apenas correndo aleatoriamente. Já em grupo, que podem ser de até quatro pessoas, a situação melhorou bastante por conta de todos agirem mais coordenadamente.

Evolução parece devagar e jogabilidade requer adaptação

O 33 Immortals conta com quatro tipo de classes, sendo estas: Artilheiro, Tanque, Lutador e Especialista. Cada uma destas classes possui o seu próprio tipo de ataque básico, habilidade especial e série de aprimoramentos.

Nesse ponto, eu considero que 33 Immortals consegue oferecer uma boa variedade de opções de jogabilidade para agradar a todos os gostos. Mas a sua jogabilidade em si, apesar de ser interessante, também não é perfeita.

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O maior contra da jogabilidade está no fato de não podermos nos mover enquanto atacamos, ou seja, temos que parar de atacar para poder desviar das habilidades inimigas. Então, o nosso personagem fica parado enquanto geralmente estamos apenas ajustando a sua mira com o mouse ou analógico da direita no controle.

Após umas três ou quatro partidas, eu até devo admitir que não me senti tão preso quanto na primeira partida de 33 Immortals, mas ter algo mais dinâmico aqui não faria mal.

Outro ponto a ser notado é que o jogo é sempre online e, ao menos nessa prévia, só pude jogar no servidor americano com uma média de 115 ms. Essa latência não é a ideal para um título online, mas não chegou a prejudicar muito a experiência geral.

Para evoluir o personagem, assim como em outros roguelikes, nós temos alguns pontos que podem ser gastos após cada partida. Na parte de “Vantagens”, nós temos acesso a alguns atributos mais gerais que podem fazer diferença independentemente da classe escolhida.

Imagem: reprodução

Nos feitos, nós vamos cumprindo pontos para aprimorar as classes específicas. Aqui, honestamente, eu não consegui progredir muito devido ao tempo, aproximadamente 4 horas, que tive para testar a prévia e fiquei com a sensação de uma progressão lenta.

Por último, o 33 Immortals ainda traz uma pequena parte de cosméticos em que é possível mudar de roupa e até mesmo ter um pet, como um cachorrinho lhe seguindo em sua jornada.

Felizmente, ao menos nessa versão de testes, os itens cosméticos só mudam a parte visual e não concedem nenhum tipo de vantagem. Além disso, nenhum tipo de micro transação estava presente.

Conclusão

O 33 Immortals traz uma proposta realmente diferente de outros jogos, mas a sua execução ainda não está perfeita. Além da explicação não ajudar muito os jogadores a entender o que eles precisam fazer, o limite nas Câmaras das Torturas não parece fazer tanto sentido.

A jogabilidade de 33 Immortals até pode ser agradável em certos momentos, mas ela ainda não é tão fluída quanto o que encontramos em outros jogos de ação. Assim, o jogo até divertiu nessa prévia, mas precisa ser refinado em alguns pontos e trazer mais conteúdo para não cair na repetição.

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