IA tem ajudado indústria farmacêutica, mas há longo caminho a percorrer
Ao licenciar o medicamento experimental vixarelimab da Kiniksa Pharmaceuticals, a empresa de biotecnologia Genentech acreditava ter encontrado uma solução promissora para doenças pulmonares. No entanto, foi uma plataforma de inteligência artificial (IA) que revelou que o medicamento também poderia ser eficaz no tratamento de doenças inflamatórias intestinais.
Aviv Regev, vice-presidente da Genentech, explicou que a descoberta foi baseada em dados e algoritmos, sem a necessidade de experimentos tradicionais em laboratório.
Apesar disso, especialistas alertam que a adoção de IA na indústria farmacêutica ainda está em estágio inicial e levará anos para atingir seu potencial máximo, conforme revela o Wall Street Journal.
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Investimento farmacêutico em IA
Várias grandes empresas farmacêuticas estão investindo mais na IA para acelerar e otimizar o desenvolvimento de medicamentos.
Em 2023, pelo menos 67 ensaios clínicos utilizaram IA para descobrir, projetar ou reaproveitar moléculas e doenças, em comparação com 40 em 2022.
A AstraZeneca, por exemplo, reduziu o tempo de design de moléculas de anos para meses, enquanto a GSK vê potencial na IA para otimizar desde a seleção de alvos genéticos até a personalização de tratamentos.
Embora a tecnologia tenha grande potencial, as empresas enfrentam desafios como a falta de dados adequados, a necessidade de profissionais qualificados e obstáculos culturais e operacionais, como a estrutura hierárquica do setor.
Para superar esses obstáculos, várias farmacêuticas formaram parcerias com especialistas em IA, como OpenAI, Owkin e Isomorphic Labs.
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