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China responde às tarifas dos EUA com restrições próprias e investigação na Google

A primeira semana de fevereiro começou com a instituição oficial de impostos de 10% em produtos importados da China para os EUA. Agora, em resposta à decisão, o país asiático está impondo suas restrições próprias a empresas norte-americanas, o que inclui não apenas tarifas, mas também uma investigação antitruste na Google.

Evidentemente, autoridades chinesas não comentaram em caráter oficial que as medidas seriam uma retaliação às novas tarifas dos EUA, mas o “timing” deixa evidente.

A Google já não opera em larga escala na China desde 2010, quando seus principais serviços como Gmail, YouTube e Play deixaram de funcionar por lá. Na época, a empresa acusou autoridades locais de praticarem censura.

Imagem: Google

Entretanto, a gigante da tecnologia não deixou o país por completo. Eles ainda trabalham com vendas de hardware, pesquisa para IA e outras operações comerciais na China. E agora serão alvo de investigação do governo sob acusação de violarem a lei antimonopólio deles.

Além da investigação, a China está impondo uma tarifa de 15% em certos produtos importados dos EUA. O imposto é maior do que o rival, mas não é generalizado. Será aplicado apenas em carvão e gás natural liquefeito (GNL). Outros produtos receberão um imposto de 10%, incluindo óleo cru, equipamento para fazenda, veículos grandes e caminhonetes.

Fonte: Getty Images

China coloca restrições em produtos que envia também

As novas restrições envolvendo os EUA reveladas pelas autoridades chinesas afetam ainda suas exportações. Matéria-prima como tungstênio, molibdênio, rutênio e itens baseados em rutênio receberão mais controle em sua venda para fora.

Por fim, o pacote de retaliações coloca duas novas empresas norte-americanas na lista de entidades na China: a PVH Group, dona da Calvin Klein e da Tommy Hilfiger e a Illumina Inc, especializada em biotecnologia.

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O Ministério do Comércio da China alegou que as empresas teriam atuado em medidas discriminatórias contra companhias chinesas. A “lista de entidades” do país cadastra empresas consideradas não confiáveis, que são obrigadas a passar por escrutínio maior para operar por lá, muitas vezes causando seu fechamento no território.

Via: TechSpot

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