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Criador e diretor de The Pitt falam sobre realidade hospitalar mostrada na série

Ao que tudo indica, The Pitt veio mesmo para ficar. O drama médico cujos episódios está sendo liberados semanalmente na Max não saiu do ranking de séries mais vistas do streaming desde sua estreia no início de janeiro.

Um sucesso que, para além do gênero poderoso que ficções médicas já provaram ser, é ancorado na poderosa bagagem de sua equipe e em uma trama mais real, que busca retratar em detalhes os dramas do sistema de saúde dos Estados Unidos.

Um formato diferente de drama médico

Criado pelo roteirista R. Scott Gemmill, dirigido pelo cineasta John Wells e protagonizado pelo ator Noah Wyle, The Pitt é uma homenagem não dita a ER: Plantão Médico, segundo drama médico mais longevo da história da TV, no qual o trio trabalhou por anos.


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“Nós dois [John e Scott] não fazíamos um programa médico há muito tempo, e eu não achava que poderíamos fazer algo muito melhor do que já tínhamos feito”, contou o diretor John Wells em entrevista exclusiva concedida ao Canaltech.

 

A ideia, no entanto, surgiu de Scott, que durante uma conversa em que tentava explicar por que nunca mais faria um programa médico, teve, ironicamente, a ideia de como eles poderiam fazer um.

“Muito tempo se passou, e as coisas mudaram no mundo e na medicina, e por causa da COVID. […] Parecia que era hora de abordar algumas coisas. Era como se estivéssemos voltando a esse mundo, e então tivemos que pensar em uma maneira de torná-lo único novamente”, revelou Scott.

Segundo a dupla, foi assim que surgiu a ideia da temporada se passar em um único dia, de maneira com que cada episódio retratasse uma hora das tensões, correrias e desgaste que acontecem na emergência de um hospital. O que, de acordo com os profissionais, traz ainda mais autenticidade para o que está sendo mostrado.

“O que estávamos pensando inicialmente era que o que realmente torna o departamento de emergência único é que o tempo é essencial. Em muitos casos, é porque se trata de fato de uma emergência. Portanto, o tempo se tornou um fator que queríamos tentar transmitir”, detalhou o criador do show.

The Pitt se passa na sala de emergência médica de um hospital em Pittsburgh, Estados Unidos (Imagem: Divulgação/Max(

A melhor maneira de fazer isso foi centrando a história da série no trabalho de um médico em particular, o Dr. Robby (interpretado por Noah Wyle), que está enfrentando um turno de 15 horas de plantão.

Dessa maneira, o público consegue acompanhar o que se passa ao longo de todo este tempo no centro médico, desde os pacientes que chegam, até a administração e a cadeia de processo diária de uma emergência.

“Acho que isso torna [o programa] muito mais visceral. Quando você está lá, você realmente está com os médicos, e nós continuamos com as cenas seguindo-os de sala em sala. Não nos afastamos como tradicionalmente se faz para contar outra história ou ir para suas casas”, explicou Scott.

Episódios retratam com autenticidade a emergência

A ideia de levar autenticidade para o show fez com que a equipe tomasse ainda mais três decisões importantes: ter médicos intimamente envolvidos com o programa, treinar os atores para que eles tivessem habilidades em cena e gravar todo o show em continuidade.

Noah Wyle, que deu vida ao médico John Carter por 15 anos em ER, é o protagonista do drama médico da Max (Imagem: Divulgação/Max)

Para a primeira situação, The Pitt contou com a consultoria do Dr. Joe Sachs, que é também um dos roteiristas e produtores executivos do show. Além disso, enfermeiros que já trabalharam em grandes hospitais ajudaram a imprimir o que acontece em tempo real em uma emergência, respondendo questões como “quem está aguardando a coleta de sangue? Quando o exame vai chegar? Para qual sala o paciente deve ir?”.

Ainda nesse embalo, os atores ficaram semanas em treinamento, aprendendo desde como intubar um paciente até a fazer reanimação cardiopulmonar de maneira correta.

“Quando [os atores] entraram no local, eles realmente sabiam qual era o procedimento. Eles não estão apenas movendo as mãos sob a câmera, eles estão realmente fazendo isso”, contou o criador do seriado.

Para Scott e Noah, no entanto, que também são produtores executivos da série, a parte mais desafiadora do show foi gravá-lo em continuidade – algo bastante raro no audiovisual.

The Pitt tem quinze episódios em que cada um retrata uma hora de um dia em uma emergência hospitalar 9imagem: Divulgação/Max)

Ao longo do episódio, é como se a câmera acompanhasse o médico por entre as salas, o que exigiu um número muito grande de pessoas envolvidas para adequar o tempo de cada procedimento e quais personagens (de acordo com sua área médica) precisariam estar em cena.

“Quando médicos e enfermeiros de verdade assistem ao programa, eles não reviram os olhos. Nós nos esforçamos para ser tão autênticos quanto humanamente possível”, confessou o criador do título.

Com cinco episódios já liberados e outros dez a caminho, The Pitt, da Max, conta ainda com Katherine LaNasa (Os Candidatos), Taylor Cranston (O Último Campeão) e Shabana Azeez (Birdeater) em seu elenco. Os episódios do show chegam na plataforma um por semana, sempre ás quintas-feiras.

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