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Intel cancela GPU Falcon Shores para trabalho com IA

A Intel anunciou ontem que sua GPU Falcon Shores para aplicações de IA e HPC não será lançada no mercado, mas permanecerá como um processador de teste interno para desenvolver as bases de hardware e software para seu sucessor, chamado de Jaguar Shores.

Essa decisão torna o processador Gaudi 3 da Intel, que enfrenta problemas de adoção limitada devido a questões de software, a única solução viável da empresa para aplicações de IA nos próximos dois anos. Ao mesmo tempo, a empresa trabalhará no desenvolvimento de soluções em escala de rack para competir com a NVIDIA.

O anúncio foi feito durante a teleconferência de resultados de 2024 da empresa, quando a co-CEO interina, Michelle Johnston Holthaus, declarou que, “com base no feedback da indústria, decidimos utilizar a Falcon Shores como um chip de teste interno”.

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Estratégia da Intel

Créditos: Intel.

A empresa esperava originalmente que a Falcon Shores atendesse aos mercados de IA e HPC atualmente cobertos pelos processadores Gaudi. No entanto, há um trimestre, o co-CEO interino da Intel disse a analistas e investidores para moderar suas expectativas, pois a Falcon Shores serviria principalmente como um veículo para desenvolver um ecossistema de hardware e software em torno de seus processadores híbridos.

Depois de cuidadosa consideração, a Intel decidiu não lançar a Falcon Shores comercialmente, mas usá-la exclusivamente para desenvolvimento interno, a fim de aperfeiçoar hardware e software em vez de lançar um produto incompleto que poderia prejudicar a reputação da empresa.

A Intel descreveu a Falcon Shores como seu primeiro design multi-chiplet, apresentando chiplets de GPU Xe-HPC (ou Xe3-HPC) para cargas de trabalho de IA e HPC altamente paralelas.

O produto pretendia aumentar significativamente o desempenho e a eficiência de desempenho por watt em comparação com os processadores de IA e HPC da Intel, embora a empresa tenha se abstido de fornecer números reais.

Falcon Shores

Créditos: Divulgação.

Ao desenvolver um ecossistema, alguns processadores que não são lançados comercialmente ainda são enviados para parceiros externos, incluindo fornecedores independentes de hardware (IHVs) e fornecedores independentes de software (ISVs).

Por exemplo, o primeiro processador Xeon Phi da Intel, não foi oferecido como um produto comercial totalmente suportado. Porém, ele foi fornecido em quantidades limitadas a desenvolvedores e parceiros de pesquisa selecionados para começar a portar e otimizar código para a arquitetura Many Integrated Core (MIC) da Intel

Mais tarde, ele se tornu a família de produtos comerciais Xeon Phi.

Dado que a Falcon Shores e seu sucessor, Jaguar Shores, têm microarquiteturas de GPU totalmente novas, a Intel provavelmente enviaria amostras desses processadores para ISVs para garantir que seu software possa funcionar de forma eficiente com o hardware.

Além disso, como a Intel está focando em soluções em escala de rack, seria lógico que também forneça amostras da Falcon Shores para seus parceiros IHV. No entanto, com a nova designação da Falcon como um “chip de teste interno” apenas, essa estratégia parece não estar planejada.

Fonte: Tom’s Hardware.

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