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Existe solução cientificamente comprovada contra soluços?

Todo mundo já passou por isso: você está no meio de uma conversa, aproveitando uma refeição ou simplesmente relaxando, quando, de repente, começa a soluçar. Esse incômodo, embora geralmente inofensivo, pode ser bastante irritante, especialmente quando persiste por mais tempo do que o esperado. Mas a ciência já achou alguma solução para os soluços?

O que são soluços e por que acontecem?

Imagem: Jacob Wackerhausen / iStock

O soluço é causado por contrações involuntárias e repetitivas do diafragma, o músculo localizado entre o tórax e o abdômen que desempenha um papel fundamental na respiração. Essas contrações inesperadas fazem com que as cordas vocais se fechem rapidamente, gerando o som característico do soluço. Embora o soluço possa ser breve, durando apenas alguns minutos, em casos raros, ele pode persistir por dias ou até semanas, sendo então classificado como um soluço persistente ou intratável.

As causas mais comuns de soluço são bastante simples e incluem:

Comer ou beber rápido demais: isso pode causar o acúmulo de ar no estômago, irritando o diafragma.

Consumo de bebidas gaseificadas ou álcool: ambas podem distender o estômago e estimular o nervo responsável pelas contrações.

Mudanças bruscas de temperatura: beber algo muito quente e, em seguida, algo frio, ou mesmo mudanças no ambiente, pode provocar o reflexo do soluço.

Emoções fortes: ansiedade, riso excessivo ou até mesmo estresse podem desencadear o problema.

Refluxo ácido: o refluxo gastroesofágico pode irritar o nervo frênico, responsável por controlar o diafragma.

Na maioria dos casos, os soluços desaparecem por conta própria. No entanto, quando persistem por mais de 48 horas, eles podem estar associados a condições mais graves, como irritações no nervo frênico ou vago, doenças metabólicas, infecções, ou até mesmo efeitos colaterais de medicamentos.

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Existe solução cientificamente comprovada contra soluços?

Imagem: Fizkes/Shutterstock

Embora o soluço seja normalmente inofensivo, muitas pessoas recorrem a soluções caseiras para acelerar o alívio. Essas estratégias têm como objetivo estimular os nervos envolvidos no reflexo do soluço ou alterar o padrão respiratório para interromper as contrações do diafragma. Aqui estão algumas das técnicas mais comuns e eficazes:

Segurar a respiração: inspirar profundamente e prender o ar por alguns segundos pode ajudar a aumentar os níveis de dióxido de carbono no sangue, o que pode “resetar” o reflexo do soluço.

Beber água gelada: tomar pequenos goles de água fria em intervalos regulares ajuda a estimular os nervos da garganta, interrompendo o ciclo das contrações involuntárias.

Engolir açúcar ou mel: coloque uma colher de chá de açúcar ou mel na língua e deixe-o dissolver lentamente. A textura e o sabor podem estimular os nervos da boca e da garganta, aliviando o soluço.

Respirar em um saco de papel: inspirar e expirar lentamente em um saco de papel (nunca de plástico) pode aumentar os níveis de dióxido de carbono no sangue, ajudando a acalmar o diafragma.

Técnicas de pressão: pressionar suavemente os olhos fechados, beliscar o nariz ou aplicar pressão leve no ponto entre o esterno e o umbigo podem estimular os nervos que controlam o diafragma, reduzindo as contrações.

Gargarejar com água gelada ou chupar um cubo de gelo: ambas as ações ajudam a estimular os nervos na garganta, o que pode interromper o ciclo do soluço.

Inclinar-se para frente: dobrar-se na cintura, comprimindo levemente o diafragma, pode ajudar a aliviar as contrações.

Quando procurar ajuda médica?

Na maioria das vezes, o soluço é passageiro e não precisa de intervenção médica. No entanto, se os soluços persistirem por mais de 48 horas ou forem tão frequentes que interfiram na alimentação, no sono ou nas atividades diárias, é importante consultar um médico. Soluços prolongados podem ser um sinal de problemas mais sérios, como:

Irritação nos nervos vago ou frênico.

Refluxo gastroesofágico grave.

Distúrbios metabólicos, como diabetes descontrolada.

Infecções ou inflamações no sistema nervoso central.

Tumores ou lesões próximas ao diafragma.

O médico pode realizar exames para identificar a causa subjacente e prescrever tratamentos específicos, que podem incluir medicamentos como relaxantes musculares, antiespasmódicos ou até bloqueios nervosos em casos graves.

Com informações de Harvard Health.

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