Bancos tem interesse em trabalhar com criptomoedas, só falta regulação, diz CEO do Bank of America
Brian Moynihan, CEO do Bank of America, afirmou que o sistema bancário pode atuar fortemente com transações de criptomoedas caso o setor seja regulado. Na sua visão, moedas como o Bitcoin podem ser mais uma alternativa de pagamento ao lado de cartões e dinheiro.
Conversando com a CNBC em Davos, onde o Fórum Econômico Mundial está sendo realizado entre os dias 20 e 24 de janeiro, o executivo também falou sobre uma possível ameça do Bitcoin ao dólar americano.
Outro nome presente no Fórum é de Brian Armstrong, CEO da corretora Coinbase, que se mostrou empolgado com a nova presidência americana. “A indústria está pronta para essa mudança, para regras claras”, comentou.
CEO do Bank of America diz que bancos tem interesse nas criptomoedas
Embora o Bitcoin tenha surgido como uma ameaça ao sistema financeiro tradicional, principalmente por baixar o custo de transações transforteiriças, a realidade é que muitos bancos conseguiram encaixar a criptomoeda em sua gama de produtos e estão aproveitando essa nova era.
Para Brian Moynihan, CEO do Bank of America, os bancos poderiam ter um papel muito maior nessa expansão das criptomoedas caso existisse uma regulação clara nos EUA.
“Se as regras forem estabelecidas e tornarem isso uma realidade com a qual se pode realmente fazer negócios, você verá o sistema bancário atuar fortemente no lado das transações, com transações não anônimas e verificadas, porque é algo que temos que fazer, já que será apenas outra forma de nossos clientes fazerem negócios.”
Como comparação, o executivo nota que você pode ir a um restaurante e pagar com cartões de crédito ou débito, Apple Pay ou dinheiro físico. “[As criptomoedas] serão apenas mais uma forma de pagamento, com transferência instantânea de dinheiro”, explicou.
Segundo Moynihan, seu banco já possui centenas de patentes envolvendo a tecnologia blockchain, facilitando sua entrada caso surja a oportunidade. Além disso, o BofA também é conhecido por publicar estudos sobre o mercado de criptomoedas.
Transações são uma coisa, investimentos são outra, diz Moynihan
Apesar de mostrar interesse na parte de transações, Brian Moynihan saiu em defesa do dólar como uma moeda forte. Ou seja, evitando concorrência nessa área com uma moeda com uma inflação baixa.
“Outra questão que discutíamos era a possibilidade do Bitcoin e algumas criptomoedas representarem uma ameaça ao dólar americano. Scott Besson mencionou a necessidade de o dólar ser superpoderoso. Isso é uma ameaça? Acho que há várias dinâmicas relacionadas ao comércio e ao consumo dos consumidores americanos, mas acredito que precisamos de um dólar forte, uma moeda de reserva em dólar, o que é bom para o nosso país”, comentou Moynihan.
“Quando se trata do lado do investimento e do Bitcoin, essa é realmente uma questão separada do lado das transações.”
CEO da Coinbase também conversou com a CNBC, se mostrando otimista com novo governo americano
Brian Armstrong, CEO da Coinbase, também se mostrou otimista ao afirma que esse é “o amanhecer de um novo dia para as criptomoedas”. Em 2023, a Coinbase foi a empresa de criptomoedas que mais gastou dinheiro com lobby político, totalizando US$ 2,86 milhões.
Questionado se estava esperando algum gesto de Donald Trump em seu primeiro dia de trabalho, Armstrong disse não estar preocupado, mas comentou que está esperando um trabalho conjunto das agências reguladoras para apresentar um conjunto regulatório mais claro.
“Isso permitirá que o dinheiro flua para os EUA e startups sejam criadas.”
No momento desta redação, o Bitcoin opera na faixa dos US$ 106.000, ainda com uma volatilidade alta. Outras criptomoedas acompanham o movimento.
Fonte: Bancos tem interesse em trabalhar com criptomoedas, só falta regulação, diz CEO do Bank of America
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