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4 tecnologias que vão tornar o ar-condicionado coisa do passado

O ar-condicionado é uma das melhores soluções para climas quentes, mas o produto tende a consumir muita energia. Nesse sentido, diversas empresas trabalham em inovações para substituir o aparelho. O foco é oferecer economia de energia e sustentabilidade, mas sem perder eficiência no resfriamento. Desde um teto radiante até um sistema que insere tubos no subsolo, conheça as tecnologias que querem tornar o ar-condicionado coisa do passado.

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Estes são as 4 futuras tecnologias que pretende substituir o ar-condicionado:

Teto radiante; Tecnologia da Caeli Energie; Resfriamento elastocalórico; “Ar do subsolo”.

1. Teto radiante

O sistema de teto radiante utiliza tubos no teto (Imagem: Reprodução/Rehau)

A primeira tecnologia que promete substituir o ar-condicionado é o teto radiante, baseada em placas com tubos que circulam água em temperatura baixa.


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Com tal sistema, é possível tanto resfriar quanto aquecer o ambiente. Para isso, a inovação trabalha com a física da radiação térmica para distribuir o frio ou o calor de maneira uniforme no espaço.

Dessa forma, o principal benefício do teto radiante é a economia de energia. Tendo em vista que o aparelho não movimenta o ar, o gasto de energia é menor.

Outros destaques ficam para o design discreto, operação silenciosa, baixa necessidade de manutenção e facilidade para uso em prédios.

2. Tecnologia da Caeli Energie: Caeli One

Outra inovação vem da startup francesa Caeli Energie. Segundo a marca, o aparelho consome até cinco vezes menos energia que um ar-condicionado tradicional. Vale lembrar que os modelos inverter já são famosos por economizarem 40% de energia.

Para isso, a fabricante inseriu um sistema de resfriamento adiabático via evaporação da água e resfriamento do ponto de orvalho. Assim, a tecnologia torna o uso de gás refrigerante e condensadoras externas coisa do passado.

Design do dispositivo da startup francesa chama a atenção (Imagem: Divulgação/Caeli Energie)

A empresa também ressalta o baixo impacto ambiental, que emite 80% menos carbono quando comparado a um ar-condicionado tradicional, graças ao design oval otimizado. Nesse sentido, o produto mede 2,5 metros de altura e resfria ambientes entre 20 a 40 metros quadrados.

Apesar do baixo consumo de energia, dada a potência de 2 kW, o modelo custa entre € 2.500 e € 3.000 (R$ 15.614 e R$ 18.736, em conversão direta, respectivamente). Ou seja, o maior atrativo é o baixo gasto com energia a longo prazo.

3. Resfriamento elastocalórico

Pesquisadores de Hong Kong celebram o sistema de resfriamento elastocalórico (Imagem: Divulgação/Universidade de Hong Kong)

O sistema de resfriamento elastocalórico é mais um possível substituto do ar-condicionado comum, por ser 48% mais eficiente, conforme os pesquisadores. Desenvolvido por estudiosos da Universidade de Hong Kong, o aparelho funciona de uma forma bem diferente do eletrodoméstico que conhecemos.

Assim como o projeto da Caeli Energy, o protótipo dispensa o uso de gás refrigerante que pode ser tóxico para o meio ambiente.

O funcionamento usa três ligas com diferentes temperaturas de transição de fase para a operação fria, intermediária e quente. Os materiais conseguem alterar a temperatura conforme a necessidade a partir de força mecânica.

Segundo um artigo publicado na Nature Energy, os desenvolvedores mencionam que a tecnologia pode ser aplicada para melhorar o desempenho de baterias de carros elétricos.

4. “Ar do subsolo”

Por fim, o ar-condicionado tradicional pode ganhar um novo concorrente nacional em breve: o sistema geotérmico. A tecnologia extrai o ar gelado presente no subsolo, já que o local tende a ser mais fresco que a superfície.

O sistema desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) funciona via cabos enterrados nas construções. Após, uma máquina bombeia água pelos tubos, esta, retorna para resfriar o espaço. O dispositivo repete o ciclo para diminuir a temperatura.

Sistema que retira o “ar do subsolo” promete inovar no resfriamento (Imagem: Divulgação/Universidade de São Paulo) 

Em suma, o método é eficiente, pois o solo muda a temperatura de forma diferente do solo. Para os pesquisadores, a tecnologia reduz entre 40% a 60% o consumo de energia em prédios comerciais, hotéis e hospitais.

Vale mencionar que o sistema já é presente em países específicos, como Alemanha, Suíça e China. No Brasil, o atual foco é como viabilizar a tecnologia.

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