Nintendo diz que emuladores não são ilegais, mas tem um porém
A Nintendo esclareceu que os emuladores não são ilegais, mas seu uso pode infringir a lei. Durante um evento no Japão, o advogado Koji Nishiura explicou que copiar programas ou desativar proteções configura infrações, reforçando o compromisso com a proteção dos direitos autorais de títulos da companhia.
Ele abordou a questão da legalidade dos emuladores durante um evento da Associação dos Direitos de Autor e Software Computadorizado no Japão. A discussão, relatada pelo VGC, trouxe à tona detalhes sobre o que a empresa considera aceitável ou não no uso desses softwares.
Créditos: Yuzu
A Nintendo entende que emuladores que imitam dispositivos são, em princípio, legais. No entanto, a situação muda quando o emulador copia programas protegidos por direitos autorais ou desativa medidas de segurança. Assim, a empresa classifica essas práticas como ilegais.
“Apesar de não ser possível afirmar imediatamente que um emulador em si é ilegal, ele pode se tornar ilegal dependendo de como é utilizado”, explicou.
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Nintendo possui preocupação específica com emuladores
A principal preocupação da Nintendo é com o uso de emuladores que facilitam o acesso a jogos em versões piratas. Por isso, a empresa classifica como ilegais dispositivos e softwares que quebram direitos autorais ou medidas de proteção, o que inclui emuladores que direcionam usuários para cópias não autorizadas de seus jogos.
Divulgação/Ryujinx
Assim, nos últimos anos, a Nintendo enfrentou uma série de desafios relacionados à pirataria de jogos. Versões de títulos da empresa que chegam antecipadamente à internet são frequentemente acessados por meio de emuladores. Consequentemente, a Nintendo considera essas atividades infrações graves aos direitos autorais.
A companhia investiu significativamente no combate à pirataria em 2024. Dessa forma, permanece firme na luta contra práticas que prejudicam direitos e negócios. Apesar disso, o discurso de Nishiura sugere uma distinção importante: enquanto a emulação em si pode ser considerada uma ferramenta legítima, o uso de emuladores para violar direitos autorais configura uma violação da lei.
Fonte: Eurogamer