Veneno e peçonha são iguais? Veja o que a ciência explica sobre os termos
Veneno e peçonha são sempre tratados como motivos para mantermos distância de certos animais e plantas. Mas, o que realmente quer dizer cada um desses termos e quais as diferenças entre animais venenosos e peçonhentos?
Na natureza, vários animais e plantas desenvolveram maneiras de sintetizar um conjunto de substâncias que permitem sua sobrevivência. O ser humano, por exemplo, ao ser exposto ao sol sintetiza em seu corpo a vitamina D.
Porém, vários outros animais produzem substancias que são cruciais para sua sobrevivência, os venenos e peçonhas. Veneno e peçonha são frequentemente confundidos, mas possuem diferenças que são importantes compreender, principalmente para evitar ou lidar com incidentes envolvendo animais perigosos.
Qual a diferença entre veneno e peçonha?
Tanto veneno como peçonha são substâncias químicas produzidas por organismos vivos, mas a diferença principal entre elas está na maneira como esses organismos transmitem essas substâncias.
Animais peçonhentos possuem estruturas especializadas, como ferrões, presas ou espinhos, que permitem injetar a substância diretamente em sua presa ou predador.
Por outro lado, os animais venenosos não têm como administrar a substância de maneira ativa. O contato com o veneno é passivo, ocorrendo, por exemplo, ao tocar ou ingerir um sapo venenoso. Essa diferença é crucial para entender como essas substâncias atuam e como o corpo humano pode ser afetado.
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Por terem maneiras diferentes de serem aplicados, os efeitos do veneno ou da peçonha no corpo variam bastante, dependendo de vários fatores. A maioria das aranhas, por exemplo, é peçonhenta, já que usa suas presas para injetar toxinas, tanto para capturar presas quanto para se defender.
No entanto, mesmo entre os peçonhentos e venenosos, a gravidade das substâncias varia. Enquanto algumas causam apenas desconforto, outras podem ser letais.
Por que há animais venenosos e peçonhentos?
Mas, a grande questão é: por que existem animais peçonhentos e venenosos? A resposta está na evolução e na adaptação ao ambiente. Pela natureza das estruturas que possuem, os animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, usam suas substâncias para imobilizar presas de forma eficaz ou se defender de predadores.
Já os venenosos, como o sapo-cururu, utilizam o veneno como uma forma de dissuadir possíveis ameaças. No entanto, essas mesmas características podem se tornar perigosas quando seres humanos entram em contato com esses animais, muitas vezes por acidente ou ao invadir seus habitats naturais.
Quando ocorre um incidente envolvendo animais peçonhentos ou venenosos, é essencial saber o que fazer. Em caso de picada ou contato com substâncias tóxicas, o primeiro passo é buscar atendimento médico imediatamente. Não se deve tentar sugar o veneno ou fazer torniquetes, pois essas ações podem agravar a situação.
Identificar o animal envolvido, se possível, é importante para que os profissionais de saúde possam administrar o tratamento mais adequado, como soro antiofídico no caso de cobras peçonhentas. Evitar manipular a área afetada e manter a vítima calma também são medidas fundamentais para reduzir complicações.
Entre os animais encontrados no Brasil, há uma variedade de espécies venenosas e peçonhentas. Cobras como a jararaca e a cascavel são exemplos conhecidos de peçonhentos, enquanto o sapo-cururu e o peixe baiacu estão entre os venenosos.
Aranhas, como a aranha-marrom, também são peçonhentas e podem causar quadros graves se não tratadas adequadamente. É importante conhecer esses animais e seus comportamentos, pois isso ajuda a evitar acidentes e promove uma convivência mais segura com a fauna local.
Por possuírem estruturas especializadas em injetar veneno, e por usarem essas substâncias para caçar, as aranhas são caracterizadas como animais peçonhentos.
Cobras como a jararaca e a cascavel são exemplos conhecidos de peçonhentos, enquanto o sapo-cururu e o peixe baiacu estão entre os venenosos.
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