O céu não é para todos: startup de carros voadores encerra operações
A Lilium, startup alemã de eVTOLs (sigla em inglês para “veículos elétricos de pouso e decolagem na vertical”), ou carros voadores, como tem sido popularizado, encerrou suas operações. Apesar de ter recebido mais de US$ 1 bilhão em investimentos ao longo de uma década (mais de R$ 6,1 bilhões), entregou apenas uma única aeronave.
Os carros voadores representam uma nova geração de aeronaves que vem ganhando os holofotes. A Lilium era uma das principais empresas nesse setor (chegou a iniciar as vendas de eVTOLs nos EUA em 2023) e contava com cerca de mil funcionários. Quase todos foram demitidos com a decisão, que também foi divulgada pelo cofundador Dr. Patrick Nathen no LinkedIn.
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A situação financeira da startup já era problemática. Em outubro, a Lilium ficou sem recursos, não conseguiu obter uma injeção de US$ 54 milhões do governo alemão para continuar suas operações e entrou com pedido de insolvência para suas duas principais subsidiárias.
Na época, a Lilium ainda tinha esperanças de reverter a situação, buscando novos investidores e um administrador judicial. A empresa também havia acabado de fechar uma parceria com a GE Aerospace para criar soluções de gerenciamento de dados de voo para operadores de eVTOLs.
Carros da Lilium não vão mais voar
A Lilium planejava realizar o primeiro voo tripulado de sua segunda aeronave a jato no início de 2025 e entregar suas duas primeiras máquinas em 2026. No entanto, os pedidos de vários jatos da operadora norte-americana UrbanLink e da companhia aérea de bandeira da Arábia Saudita, que foram aceitos no início deste ano, não serão atendidos.
O desenvolvimento de tecnologias complexas como os carros voadores é naturalmente desafiador, mas é especialmente lamentável quando falhas nos negócios resultam na perda de empregos. Apesar do revés, Nathen demonstrou otimismo em sua postagem, finalizando com a frase: “Lembrem-se disso – nós voltaremos”.
Via New Atlas
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