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Sua senha pode ser mais forte que os códigos nucleares da Guerra Fria; entenda

Durante a Guerra Fria, os códigos de lançamento de armas nucleares dos EUA eram um tema sensível e, por vezes, objetos de propostas curiosas para aumentar a segurança. Uma matéria do IFLScience explicou mais sobre o tema.

Em 1981, o acadêmico Roger Fisher sugeriu ao Pentágono medida extrema para garantir a seriedade da decisão de lançar um ataque nuclear: ele propôs que os códigos fossem implantados em uma cápsula, localizada perto do coração de um voluntário que sempre acompanharia o presidente dos Estados Unidos.

Assim, caso o presidente decidisse disparar um míssil nuclear, ele precisaria matar a pessoa que carregava a cápsula, tornando a decisão mais concreta e simbolizando o peso da ação de iniciar uma guerra nuclear.

Embora a proposta tenha sido inovadora, o Pentágono a rejeitou, temendo que esse processo pudesse distorcer o julgamento do presidente, tornando-o hesitante ou emocionalmente comprometido.

Métodos de segurança eram frequentemente sugeridos nos EUA para proteger o lançamento de armamento nuclear (Imagem: Song_about_summer/Shutterstock)

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Códigos de proteção não tinham combinação complicada

Em vez disso, foram implementadas outras salvaguardas de segurança, como a exigência de que múltiplos oficiais com autorização do presidente girassem chaves para iniciar um lançamento;

Contudo, houve episódios em que as medidas de segurança foram contornadas, como no caso do Strategic Air Command (SAC) durante as décadas de 1960 e 1970;

Especialistas, como Bruce Blair, alegaram que, nesses períodos, os códigos de segurança eram frequentemente configurados para “zeros”, o que facilitava o processo de lançamento rápido, mas comprometia a segurança;

Blair revelou que, durante sua experiência como oficial de lançamento do Minuteman, o painel de códigos muitas vezes exibia o código 00000000, o que indicava a falta de proteção adequada.

Apesar dessas falhas, não houve nenhum lançamento não autorizado de armas nucleares. Em 1977, o sistema foi revisado, com a implementação de um método mais robusto que exigia a confirmação de autoridades superiores antes de qualquer ação.

Esse episódio ilustra o dilema entre a necessidade de rapidez em possível situação de guerra e a importância de manter a segurança dos sistemas nucleares, prevenindo lançamentos acidentais ou não autorizados.

Código que protegia o lançamento de armas nucleares dos EUA na Guerra Fria não era dos mais difíceis (Imagem: Zbitnev/Shutterstock)

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