China abre investigação contra NVIDIA sob acusação de monopólio
A China anunciou nesta segunda-feira (9) que iniciou uma investigação contra a NVIDIA por suspeitas de violações da lei antimonopólio do país, em uma ação que analistas interpretam como uma retaliação às recentes restrições impostas por Washington ao setor de chips chinês.
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A Administração Estatal para Regulação de Mercado da China não detalhou especificamente como a gigante americana de tecnologia poderia ter violado as leis antimonopólio chinesas. No entanto, o órgão regulador afirmou que a fabricante de chips também é suspeita de descumprir compromissos assumidos durante a aquisição da israelense Mellanox Technologies.
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Investigação da China contra NVIDIA gera impacto no mercado
As ações da NVIDIA fecharam em queda de 2,5% após o anúncio da investigação. Um porta-voz da empresa declarou que trabalham arduamente para fornecer os melhores produtos em todas as regiões e honrar seus compromissos onde quer que façam negócios.
A investigação surge apenas uma semana após os Estados Unidos lançarem sua terceira onda de restrições em três anos contra a indústria de semicondutores da China, limitando exportações para 140 empresas, incluindo fabricantes de equipamentos para chips.
Presença da NVIDIA no mercado chinês
A NVIDIA, que anteriormente dominava o mercado chinês de chips de IA com mais de 90% de participação, já havia sido afetada por restrições anteriores dos EUA que a impediram de vender seus chips mais avançados para a China, levando a empresa a desenvolver versões específicas para o mercado chinês.
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A China representava cerca de 17% da receita da NVIDIA no ano fiscal encerrado em janeiro, uma queda significativa em relação aos 26% registrados dois anos antes. A empresa enfrenta crescente concorrência de rivais domésticos, principalmente da Huawei.
Histórico e precedentes
Em 2020, quando a NVIDIA recebeu aprovação da China para a aquisição da Mellanox Technologies, foram estabelecidas múltiplas condições para suas operações no país, incluindo proibições de bundling forçado de produtos e tratamento discriminatório de clientes.
Esta é a investigação antimonopólio mais significativa contra uma empresa de tecnologia estrangeira na China desde 2013, quando o país investigou a subsidiária local da Qualcomm por sobretaxas e abuso de posição de mercado, resultando em uma multa de US$ 975 milhões.
Fonte: The New York Times