Proteína de soja reduz risco de insuficiência cardíaca
A proteína de soja reduz o risco de insuficiência cardíaca. Foi o que descobriu uma equipe da Universidade de Nagoya (Japão), ao analisar camundongos. A dieta rica de proteína β-conglicinina (β-CG) influencia as bactérias intestinais que desempenham um papel na saúde cardíaca.
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Para o estudo publicado na Clinical Nutrition, os pesquisadores alimentaram camundongos propensos à insuficiência cardíaca com a proteína β-CG e investigaram seus efeitos no coração. Esses camundongos apresentaram melhora da função cardíaca, menos espessamento muscular e redução da cicatrização do tecido cardíaco.
Ao verificar as bactérias no intestino, os pesquisadores identificou um aumento em três tipos de bactérias produtoras de AGCC (Butyricimonas, Marvinbryantia e Anaerotruncus), bem como concentrações de AGCC que mantêm a saúde intestinal (ácido acético, ácido butírico e ácido propiônico).
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“Os componentes funcionais da soja mostraram efeitos benéficos no coração. Anteriormente, os efeitos sobre a obesidade foram mostrados, mas os efeitos sobre a doença cardiovascular não eram conhecidos. É importante ressaltar que a ingestão de β-CG aumenta os principais AGCC e suas bactérias produtoras como uma mudança na microbiota intestinal. Esses AGCC podem inibir a progressão da insuficiência cardíaca”, afirmam os pesquisadores.
Microbiota intestinal e saúde cardíaca
Quando os pesquisadores usaram antibióticos para reduzir a população desses micróbios em camundongos, os efeitos protetores do β-CG desapareceram. Ou seja: a microbiota intestinal é crucial para a ação protetora da proteína no coração.
Proteína de soja reduz risco de insuficiência cardíaca em camundongos (Imagem: Furukawa et al, 2024)
Embora os pesquisadores tenham realizado o estudo em camundongos, as descobertas sugerem que mecanismos semelhantes podem ajudar a tratar a insuficiência cardíaca em humanos.
“É claro que a soja e seus componentes, como β-CG, podem não ser eficazes para todas as pessoas, especialmente aquelas com alergias. No futuro, nossa equipe se concentrará na estrutura dentro do β-CG e investigará o mecanismo molecular detalhado do aumento de ácidos graxos de cadeia curta que mostram efeitos cardioprotetores, com o objetivo de desenvolver novos métodos de tratamento e prevenção”, finaliza o comunicado.
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