Meta prepara cabo submarino de 40 mil km para fugir de tensões geopolíticas
A Meta, responsável por plataformas como o Facebook, Instagram e WhatsApp, estaria com a intenção de instalar um novo cabo submarino com extensão superior a 40 mil quilômetros. Especula-se que o objetivo da empresa seria evitar tensões geopolíticas e manter uma infraestrutura mais estável.
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Entre os lugares que correm risco de sabotagem em seus cabos por conta da tensão está o Mar Vermelho, Mar da China Meridional, Egito, Marselha, Estreito de Malarca e Singapura.
Essas regiões são consideradas mais vulneráveis a cortes dos cabos, o que requer reparos bastante caros e dependentes de embarcações específicas com disponibilidade limitada no mundo.
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Estima-se que o investimento necessário para a construção dos cabos submarinos da Meta fique na casa dos US$ 10 bilhões, algo em torno de R$ 59,7 bilhões em conversão direta.
Meta pode fazer cabo submarino só para ela (Imagem: Divulgação/Meta)
A Meta já tem participações parciais em 16 redes existentes de cabos submarinos, incluindo o 2Africa, que se destaca pela extensão de 45 mil km. Como o nome sugere, o cabo circunda o continente africano, além de atender à Europa e ao Oriente Médio.
Entretanto, o próximo cabo seria de propriedade exclusiva da Meta, o que permitiria priorizar o tráfego relacionado a seus próprios produtos e serviços. Isso é algo que o Google já faz, com alguns cabos próprios e investimentos em 33 outros.
Foi dito que o novo cabo deva passar por locais estratégicos, saindo da costa oeste dos Estados Unidos. Na sequência, ele atravessaria o oceano para chegar a países como a Índia, África do Sul e Austrália.
Não se sabe exatamente quanto tempo deve demorar para a nova infraestrutura ficar pronta, mas a previsão é que a construção leve algo em torno de cinco a dez anos. Antes disso, em 2025, a Meta deve fornecer mais detalhes sobre os cabos, incluindo sua capacidade e rota exata.
O que são cabos submarinos?
Os cabos submarinos compõem uma ampla rede de conectividade por todo o planeta, atravessando oceanos em todos os continentes amplamentepovoados. A estrutura foi inaugurada na década de 1850 para viabilizar a telegrafia e a telefonia de longo alcance, mas evoluiu para agilizar as conexões de internet.
Atualmente, existem centenas de cabos submarinos em operação no mundo, geralmente sob gestão de empresas de telecomunicações e gigantes da tecnologia. No Brasil, a quantidade de cabos fica na casa das dezenas, com concentração em cidades litorâneas como Santos, Praia Grande, Rio de Janeiro e Fortaleza.
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